Publicado em 18/10/2022 12h01

Análise do especialista

Elaborado pela equipe da Grão Direto. A Análise do Especialista é um informativo completo e rico em dados que auxiliam na tomada de decisão da venda e compra dos grãos.
Por: Grão Direto

A semana anterior foi marcada por muitas oscilações em Chicago. O contrato com vencimento em novembro/2022 fechou, na sexta-feira, valendo U$13,83 o bushel (+1,32%) e o contrato com vencimento em março/2023, também, fechou a semana no campo positivo, valendo U$14,00 o bushel (+0,98%). O principal causador dessa oscilação foi a divulgação do Relatório de Oferta e Demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

A produção norte-americana foi reduzida em 1,78 milhões de toneladas, ficando em 117,38 milhões de toneladas. Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, afirmou  que o mercado esperava um aumento da produção. Os estoques finais foram mantidos em 5,44 milhões, compensado pela redução do número de exportação. 

Em contrapartida, a produção do Brasil foi ampliada, passando de 149 milhões de toneladas no mês anterior para 152 neste mês. No exterior, a safra da Argentina foi mantida em 51 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais mundiais saíram de 98,92 milhões no mês de setembro para 100,52 milhões de toneladas neste mês, ou seja, uma ampliação de +1,60%.

De acordo com o USDA, as exportações voltaram a ser aquecidas nesta semana. A China, após retornar da “semana dourada”, efetuou a compra de 622 milhões de toneladas, de um total de 724 milhões de toneladas de soja, ficando acima da expectativa do mercado.

No Brasil, o plantio segue evoluindo, porém em ritmos mais lentos. De um lado, há chuvas constantes e o excesso de umidade no Sul do Brasil, enquanto do outro, precipitações irregulares e a baixa umidade do solo no Centro-Oeste e Sudeste. Previsões do Centro de Previsões Climáticas (CPC/NOAA), indicam que a influência do fenômeno “La Niña” ocorra já no mês de novembro, causando um alerta sobre a expectativa de produção recorde de 152 milhões de toneladas.

O dólar teve uma semana de forte valorização, fechando a sexta-feira sendo cotado a R$5,32 (+2,11%). O cenário de incertezas, fortalece a possibilidade de uma recessão mundial,  principalmente após a divulgação dos números da inflação norte-americana que veio acima do esperado. Dessa forma, o Banco Central dos EUA, deve manter o aumento agressivo das taxas de juros, favorecendo o dólar globalmente.

A alta expressiva do dólar somado a valorização de Chicago, fizeram com que as cotações do mercado brasileiro fechassem a semana com valorização, em relação à semana anterior.

Para esta semana, as condições climáticas deverão continuar influenciando o mercado de soja, conforme o plantio vai avançando e se desenvolvendo. Diante do retorno às compras da China, os números referentes às exportações deverão ser acompanhados de perto, assim como a evolução do fenômeno “La Niña”, visto que, são fatores que favorecem a alta em Chicago. 

Segundo o analista da Grão Direto, o progresso da colheita norte-americana também continuará no radar do mercado, perto de uma consolidação dos números. Já o dólar poderá continuar com o movimento de alta diante das incertezas econômicas mundiais. Caso Chicago feche em alta, somado a valorização do dólar, a semana poderá ser marcada por aumento nos preços, isso em relação à semana anterior.       

A semana passada foi marcada por valorizações nos preços do mercado físico, porém ainda com volume baixo de negociações por parte dos produtores.

O plantio no Brasil segue evoluindo, porém em ritmos mais lentos que na última semana. Isso ocorreu devido às chuvas constantes, acarretando em excesso de umidade no Sul do Brasil. Em contrapartida, as precipitações no Centro-Oeste e Sudeste ainda continuam irregulares.

Além disso, há previsões do Centro de Previsões Climáticas (CPC/NOAA), indicando que a influência do fenômeno “La Niña” ocorra já no mês de novembro, reforçando o receio de produção menor que o esperado.

A divulgação do Relatório de Oferta e Demanda pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe uma revisão na produção de 354,19 no mês anterior, para 352,95 milhões de toneladas neste mês. Isso também gerou um impacto nos estoques finais, passando de 30,95 para 29,77 milhões de toneladas. 

No Brasil e na Argentina, a produção foi mantida em 126 milhões de toneladas e 47 milhões de toneladas, respectivamente. Segundo a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina, esse fator impacta nos estoques finais mundiais que caíram de 304,53 no mês de setembro para 301,19 milhões de toneladas neste mês, ou seja, uma diminuição de -1,11%. Esse cenário mantém o Brasil como importante fornecedor do cereal para o mundo.

Chicago finalizou a semana com uma alta de +1,02%, encerrando a semana valendo 6,90 dólares por bushel. Já o dólar teve uma semana de valorização, fechando a sexta-feira sendo cotado a R$5,32 (+2,11%). Com a alta do dólar e Chicago, as exportações ficam mais atrativas.

Segundo Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, para esta semana, as condições climáticas deverão continuar influenciando o mercado de milho, mediante o avanço do plantio e desenvolvimento inicial da área semeada. A evolução do fenômeno “La Niña” também será acompanhada de perto.

 Diante do cenário de aumento da escassez do cereal, não há fundamentos para quedas significativas nesse momento. Contudo, ainda há uma forte influência do mercado financeiro de uma possível recessão econômica. Sendo assim, as cotações poderão ter uma semana de continuidade de alta.

Agora você está bem informado!

Nossas informações exclusivas te ajudam a tomar as melhores decisões!

Qualquer dúvida, fale com a gente!

WhatsApp: 34 9 9903-4134

E-mail: contato@graodireto.com.br  ou https://www.graodireto.com.br/ 

Publicidade