Foi apontada perda de produção tanto nos Estados Unidos como no mundo pelo novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). Por outro lado, essa quebra está sendo compensada pela demanda reduzida, aponta análise da Consultoria AgResource Brasil.
A previsão de estoques finais de milho dos EUA atualizada do relatório WASDE, que ficou em 1.172 bilhões de bushels, reflete os estoques mínimos. “Mas cortes adicionais na demanda de exportação estão à frente sem uma melhoria rápida e substancial no espaço de vendas dos EUA, o que é improvável, devido aos grandes descontos nos mercados de milho sul-americano e ucraniano”, dizem os analistas de mercado.
“A demanda é a chave para avançar, o que limita os rallys da Bolsa de Chicago. O balanço de milho dos EUA apertou em meio à perda adicional de oferta. Os estoques e uso de milho dos EUA de 8,3% colocam o valor justo em uma faixa de 6,60 a 7,25 dólares no final do ano”, diz a AgResource , segundo a qual a “perspectiva de curto prazo é neutra”.
Já a “perspectiva de longo prazo está se tornando mais baixista em relação a 7,0 dólares no contrato spot na Bolsa de Chicago, já que o medo de escassez absoluta está diminuindo rapidamente”. A AgResource espera outro corte de 150 milhões de bushels nas exportações dos EUA e uma modesta revisão para baixo no uso industrial.
“Os balanços de oferta e demanda sul-americanos foram novamente inalterados. O mercado global de milho em 22/23 aumentou modestos 100 milhões de toneladas. Mas a ausência de um driver de demanda não pode ser ignorada. A estratégia continua sendo usar a força orientada pela oferta próxima para precificar a produção 2022”, concluem.