A alta dos preços do milho acabou estimulando as vendas do cereal no Paraguai, enquanto as indicações do Brasil perdem competitividade, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Dia bastante lento para cereais. Os vendedores que apostavam na continuidade da trajetória ascendente dos preços viram um revés na terça-feira, perdendo a oportunidade de encontrar ainda o 245,00 USD/MT FAS Assunção nas primeiras horas da manhã, mas os compradores fecharam o dia com 5 dólares abaixo desses números, dificultando a realização de negócios”, comenta.
“O mercado brasileiro manteve indicações estáveis, mas ainda está liquidando valores abaixo do que seria o mercado FAS, e somam-se os inconvenientes fronteiriços que desestimulam as vendas”, completa a consultoria agroeconômica.
Na Argentina, o prêmio de novembro subiu forte, mas os demais meses recuaram. “Preços FOB Up River para navios Handysize subiram para o equivalente a US$ 302 novembro e recuaram para US$ 289 dezembro. Para safra nova março foi cotado a US$ 296, maio e junho não foram cotados, novamente e julho recuou para US$ 268. Mercado de Panamax permaneceram em US$ 279 julho. Os negócios de exportação milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros”, indica.
“Internacionalmente, a produção foi 3,84 MT menor para 1,169b MT, devido aos cortes dos EUA e a UE. A Ucrânia registrou 2,5 MT da exportação e os EUA foram 3,2 MT menores, já que o comércio global caiu 500 mil MT líquidos em relação à previsão de setembro. Os estoques finais de milho caíram 3,34 para refletir a oferta, que estava em linha com as estimativas. O CASDE da China elevou sua perspectiva de produção doméstica em 2,75 MMT para 275,3 MT (1,3 MMT acima do USDA). Eles estimam que as importações de milho atingirão 22 MT contra a previsão de 18 MT do USDA”, conclui.