A deflação de 0,29% registrada pelo IPCA em setembro passado e que se repetiu pelo terceiro mês consecutivo fez com que a inflação oficial brasileira acumulasse variação de 4,09% no ano e de 7,17% em 12 meses. De toda forma, o item alimentação e bebidas continuou pesando sobre a economia dos brasileiros – ainda que tenha sofrido redução de 0,51% em setembro. Pois acumula no ano e em 12 meses variações de, respectivamente, 9,54% e 11,71%.
Comparativamente, o frango inteiro – que permaneceu estável em relação ao mês anterior (variação de apenas 0,01%) – ficou 4,91 e 3,90 pontos percentuais abaixo da variação apresentada por alimentos e bebidas.
Por sua vez o frango em pedaços, ao apresentar redução superior a meio por cento em relação a agosto, ficou – no ano – 1,62 ponto percentual acima da inflação, mas quase 4 pontos percentuais abaixo do item alimentação e bebidas. Já em relação a setembro de 2021 superou a inflação em 5,1 pontos percentuais e o item alimentação e bebidas em 0,56 ponto percentual.
Notar – tabela abaixo – que ao nível do setor produtivo o frango abatido resfriado também se manteve relativamente estável em termos mensais (variação de apenas 0,20%), mas apresentou retrocesso de 5,25% em relação a setembro de 2021.
É verdade, neste caso, que o incremento no ano – aumento, em setembro, de quase 19% em comparação à média registrada em dezembro de 2021 – soa excessivo frente aos demais índices do mesmo período. Neste caso, a base é que é extremamente baixa, pois o frango resfriado fechou o exercício passado com uma das menores cotações do ano que passou.
Mas o fato de, ao nível do consumidor, ter sido registrada variação inferior a dois dígitos (de 4,63% o frango inteiro; de 5,71% o frango em pedaços) também sugere que as fortes baixas observadas no final do ano passado não foram repassadas ao consumidor.