Publicado em 11/10/2022 07h00

Soja volta a subir no mercado do Sul

O Paraná teve dia de valorizações d R$ 1/saca no porto e R$ 2/saca no interior.
Por: Leonardo Gottems

Os preços da soja no estado do Rio Grande do Sul subiram em média R$ 2/saca, com maior demanda das Tradings, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado operou de lado diante da alta de Chicago vista hoje, prêmios e câmbio mantiveram-se estáveis boa parte do pregão, garantindo preços estáveis ao produtor. Ademais, os negócios seguem muito pontuais, com volumes apenas estritamente necessários sendo escoados. Além disso, o protagonismo comercial vem das tradings, com as margens das fábricas cada vez mais negativas”, comenta.

“No porto o melhor momento trouxe preços de R$ 185,00 para meados de outubro, marcando alta de R$ 1,50/saca em relação a ontem. No interior foram vistas altas gerais a níveis bastante heterogêneos, com Ijuí e Passo Fundo se valorizando em mesmo nível em R$ 2,00/saca, com a primeira indo a R$ 178,00 e a segunda a R$ 180,00, mas as demais regiões se valorizando de forma diferente. Com isso, Cruz Alta subiu em R$ 1,50/saca, assim como o porto e Santa Rosa se valorizando em R$ 4,00/saca e indo a R$ 180,00”, completa.

Em Santa Catarina os preços sobem expressivamente, sem nada de negócios. “Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina passa por um dia de pequena valorização de R$ 0,50/saca para dezembro, o que levou o preço a R$ 185,50. Apesar das altas, não ocorreram novos negócios, com os preços ainda distantes das ideias do produtor que não se vê pressionado pelas atuais ofertas, algo relativamente preocupante diante da espera da oferta norte americana que está por vir”, indica.

O Paraná teve dia de valorizações d R$ 1/saca no porto e R$ 2/saca no interior, mas, ainda sem negócios. “Paraná segue na mesma situação em que esteve no mês passado por inteiro: o produtor está extremamente recuado, as fábricas lidam com margens negativas e se retiram e as tradings não tem razão para oferecer valores mais altos diante da enorme oferta de soja mundial”, conclui.

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