Com a oferta apertada para este início de safra global (outubro/setembro) as cotações do açúcar bruto negociadas na ICE Futures de Nova York fecharam a quarta-feira (28) em alta em todos os lotes, nem mesmo a perspectiva de superávit para a atual temporada segurou as cotações. O vencimento outubro/22, que expira nesta sexta-feira, fechou contratado a 18,29 centavos de dólar por libra-peso, 10 pontos a mais, ou 0,5%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/23 valorizou 12 pontos, negociada a 17,71 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 2 e 10 pontos.
Segundo a Reuters, o contrato de outubro "foi negociado pela última vez com um prêmio de 0,55 centavo em relação a março, indicando uma escassez de suprimentos entregáveis".
"O superávit será realizado somente depois que a próxima safra do centro-sul do Brasil estiver a todo vapor", disse a trading Sucden em um relatório mensal, acrescentando que isso seria em maio ou junho de 2023, ainda segundo a Reuters.
Em Londres o açúcar branco fechou no vermelho em todos os lotes da ICE Futures Europe. O vencimento dezembro/22 foi contratado ontem a US$ 527,50 a tonelada, recuo de 80 cents de dólar no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/23 caiu 60 cents, negociada a US$ 492,50 a tonelada. Os demais contratos recuaram entre 30 cents e 1,60 dólar.
Pelo quarto dia consecutivo as cotações do açúcar cristal, medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, fecharam valorizadas. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 125,45 contra R$ 124,86 da véspera, valorização de 0,47% no comparativo entre os dias. No mês o indicador acumula alta de 0,30%.
Também pelo quarto dia seguido as cotações do etanol hidratado, medidas pelo Indicador Diário Paulínia fecharam valorizadas. O biocombustível foi negociado nesta quarta-feira pelas usinas a R$ 2.603,00 o m³, contra R$ 2.529,00 o m³ praticado na terça-feira, valorização de 2,93% no comparativo entre os dias.
