Publicado em 29/09/2022 07h25

Milho sobe com tensão na Ucrânia

"A Ucrânia continua liquidando os estoques existentes a preços incrivelmente agressivos".
Por: Leonardo Gottems

O milho da Bolsa de Chicago subiu entre três a quatro centavos de Dólar em meio aumento das tensões da guerra na Ucrânia. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, cresce o pessimismo em torno da continuidade do “corredor de exportação” do Mar Negro para além de Novembro 2022. 

Os analistas de mercado observam que a escalada do conflito militar é “um negócio maior para o milho do que para o trigo em meio ao tamanho relativo do excedente da Ucrânia e à necessidade de a Ucrânia fornecer no mínimo 13 milhões de toneladas de milho ao mercado mundial nos próximos 12 meses”.

“A Ucrânia continua liquidando os estoques existentes a preços incrivelmente agressivos, mas a evolução do mercado fob da Ucrânia receberá mais atenção no futuro. O milho ucraniano pode ser comprado por 1,25 dólares, originário do Golfo dos EUA, esta noite. A demanda de milho dos EUA continua atrasada”, aponta a AgResource Brasil.

De acordo com a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, a forte recuperação dos preços do trigo, a alta do petróleo e a queda do dólar nos mercados internacionais impulsionaram as cotações do milho no mercado futuro de Chicago nesta quarta-feira. A redução da demanda por etanol e o avanço da colheita impediram alta maior das cotações.

A Administração de Informações de Energia (EIA) dos EUA relatou que os produtores de etanol tiveram uma média de 855 mil barris de produção por dia durante a semana que terminou em 23/09. Essa foi a menor produção média diária (e o menor consumo implícito de milho) desde a semana de 26 de fevereiro em 2021. Várias plantas estão reduzindo o tempo para manutenção antes da disponibilidade de novos grãos.

Publicidade