Após uma safra de soja marcada pelas adversidades climáticas que reduziram a produção em 34%, em Mato Grosso do Sul, a expectativa é positiva para a safra 22/23, conforme estimativa divulgada pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul - Aprosoja/MS.
Para o novo ciclo, a associação aponta uma área de 3,8 milhões de hectares, aumento de 2,5%; produtividade de 53 sacas/hectare, aumento de 38% e produção de 12,3 milhões de toneladas, aumento de 41%.
O custo por hectare foi estimado em R$ 6,8 mil, incremento de 26,6% em relação à safra anterior, impulsionado pelo custo variável (sementes, fertilizantes, fungicidas, herbicidas e inseticidas) que representa aumento de 91,17% no custo total. Na conversão para saca, o custo equivale a 43 sc/ha, ao preço de R$ 160,00. Com isso, os produtores estão mais cautelosos, o que impacta em uma expansão mais branda na área cultivada para a nova safra.
O presidente da associação, André Dobashi salientou que o “Mato Grosso do Sul é uma potência alimentar e mesmo com toda a área de preservação, o estado é o 5º maior produtor e exportador de soja do país”.
Na cultura do milho que antecede o cultivo da soja e está em fase final de colheita no estado, foram colhidos 1,8 milhão de hectares, equivalente a 93,4% da área plantada, até o momento. A região norte atingiu 100% da área cultivada, enquanto o sul e o centro apresentam índices de 93,3% e 89,7%, respectivamente.
O início da semeadura da soja deve ocorrer entre outubro e novembro, uma vez que o mês de setembro não apresenta possibilidade de precipitações significativas.
As informações que consideraram dados das últimas cinco safras no estado, captados pelo SIGA-MS, foram apresentadas em evento de Lançamento do Plantio da Safra de Soja 22/23, com a presença de autoridades do setor do agronegócio, na noite desta sexta-feira (16), em Campo Grande.
