Com o fim do vazio sanitário nos estados de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS) nesta quinta-feira (15), produtores da cultura da soja aguardam a chuva para iniciar a semeadura da safra 2022/2023.
Em Mato Grosso, estado que detém a maior produção do grão no Brasil, a estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - Imea, prevê aumento de 2,92% na área cultivada, atingindo 11,8 milhões de hectares, e acréscimo 1,62% no volume de produção, alcançando 41,5 milhões de toneladas, com média de 58 sacas/hectare.
Em Mato Grosso do Sul (MS), um dos estados com maior produção, a perspectiva da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul - Aprosoja/MS, é de um incremento de 2,5% na área cultivada, atingindo 3,8 milhões de hectares, e aumento de 41,72% na produção, chegando a 12,3 milhões de toneladas, com produtividade média de 53 sacas/hectare.
Na última safra, o déficit hídrico e as condições adversas provocaram redução de 38% na produtividade e 34% na produção das lavouras em MS. Apesar da expectativa positiva para o próximo ciclo, é necessário planejamento e atenção, principalmente no que se refere às indicações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e condições de umidade de solo, fatores essenciais para o estabelecimento inicial e desenvolvimento da cultura.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais - Abiove, estima que a safra de soja 22/23 alcance 42 milhões de hectares, com produção de 151 milhões de toneladas, em todo o país.