Duas fortes queda, do dólar e da Bolsa de Chicago (CBOT), tiraram as referências da exportação de milho e acabaram atingindo o cereal na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), segundo a TF Agroeconômica. “A forte queda de 1,79% do dólar, somada à queda de 0,11% da cotação do milho na CBOT, nesta segunda-feira, tiraram o suporte necessário para a exportação sequer manter os bons preços pagos no final da semana passada e, com isto, houve queda nas cotações também do milho no mercado futuro de São Paulo”, comenta.
“Assim, as cotações futuras fecharam em queda: o vencimento novembro/22 fechou a R$ 89,11, queda de R$ 0,86 no dia e de R$ 0,38 na semana (últimos 5 pregões); já janeiro/22 fechou a R$ 92,97, queda de R$ 0,54 no dia e de R$ 0,22 na semana e março/23 fechou a R$ 95,93, queda de R$ 0,47 no dia e de R$ 0,01 na semana”, completa.
A cotação de dezembro fechou em alta de 0,11% ou $ 0,75 cents/bushel a $ 678,0. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou inalterada a $ 684,25. “Acabou estável, condicionado pelas fortes quedas do trigo. O temor pelo futuro da demanda diante das perspectivas de recessão acrescentou limitações. Dados de exportação semanais nos EUA em linha com o esperado pelo mercado, não conseguiram estimular os preços. Operadores aguardam dados oficiais de avanço de safra (10% esperados)”, indica.
“O USDA informou que 549.354 toneladas de milho foram embarcadas durante a semana encerrada em 15/09. Isso foi acima de 474.388 MT na semana passada para definir o ritmo MY em 1,147 MMT. O ano passado viu 403k MT enviados durante a semana para um total de temporada de 622.041 MT até 15/09”, conclui.