Publicado em 15/09/2022 07h13

Soja pressionada por vendas na Argentina

No Paraná os preços caem em R$ 2,00/saca.
Por: Leonardo Gottems

O mercado da soja do Rio Grande do Sul segue pressionado pelas vendas na Argentina, que anulou efeitos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado muito volátil, vendas da Argentina pesando nos prêmios e em Chicago. Flat Price (soma de CBOT + Prêmios) de hoje, fechou muito igual a sexta- feira passada, ou seja, todo aumento de preços em função de uma menor safra americana, já foi engolido pela oferta Argentina”, comenta.

“Preços tiveram queda de R$ 2,50/saca e fábricas voltaram a disputar lotes, R$ 185,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro, R$ 185,00 FOB Passo Fundo para meados de setembro, R$ 184,00 FOB Ijuí para meados de setembro, R$ 182,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro”, completa.

Santa Catarina segue sem negócios, enquanto o porto cai em R$ 3,00/saca. “Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca queda de preços ao decair em R$ 3,00/saca e ir a R$ 184,00 para 30/09. Assim como já explicado no relatório de RS, o dia trouxe alta volatilidade, mas com forças muito contrárias agindo sobre o mercado, a desvalorização dos prêmios somado as quedas de Chicago atingiram fortemente SC”, indica.

No Paraná os preços caem em R$ 2,00/saca. “O Paraná como um todo segue muito inexpressivo em termos de negócios. O foco do agricultor do estado está no milho e no trigo. Hoje, as variações de preços foram ocasionadas por nova pressão vendedora por parte da Argentina, o que expande a base de oferta e desvaloriza o produto em termos mundiais. A soja argentina está muito competitiva e isso coloca o Brasil em uma posição mais defensiva”, conclui.

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