De acordo com a SECEX/ME, nos seis primeiros dias úteis de setembro foram exportadas pelo Brasil perto de 132 mil toneladas de carne de frango in natura, volume correspondente a embarques médios de 21.978 toneladas diárias, cerca de 30% a mais que a média diária de agosto passado e quase 19% a mais que a de um ano atrás.
É um excelente resultado, não há dúvida. Mas nunca será demais lembrar que os resultados iniciais do mês, quase sem exceção, sofrem diluição com o avançar do período. Em julho passado, por exemplo, os seis primeiros dias foram abertos com uma média de 20.240 toneladas/dia, mas essa média foi caindo paulatinamente e julho foi encerrado com uma média de 17.957 toneladas/dia.
De toda forma, se ocorrer recuo na mesma proporção (pouco mais de 11%) o bom desempenho estará garantido. Mas ainda que a média diária do período seja superior à do mês anterior, o total de setembro corrente pode não alcançar o volume registrado em agosto passado. Porque, simplesmente, este mês tem dois dias úteis a menos.
Naturalmente, não é isso que sinalizam os resultados dos primeiros seis dias úteis de setembro, pois, o prometido para a totalidade do mês é volume superior às 460 mil toneladas, quase 20% a mais que o alcançado há um ano.
Mas se as perspectivas em relação ao volume continuam positivas, o mesmo não pode ser dito em relação ao preço, que continua em retrocesso. A média registrada neste início de setembro não foi além de US$2.020/tonelada, valor que, mesmo representando valorização anual de 17%, corresponde ao mais fraco resultado dos últimos cinco meses e confirma tendência já apontada pela FAO.
