A semana anterior foi mais curta por conta de dois feriados: segunda-feira - “Dia do Trabalho” nos EUA, e quarta-feira - “Dia da Independência'', aqui no Brasil. As cotações fecharam a sexta-feira com uma leve queda semanal. O contrato com vencimento em setembro/2022 finalizou valendo U$14,89 o bushel (-1,39%) e o contrato com vencimento em março/2023 também fechou negativo, valendo U$14,21 o bushel (-0,43%).
De acordo com o Analista de Mercado da Grão Direto, a Argentina foi o grande centro das atenções do mercado na semana anterior. O país vem passando por sérios problemas com a alta expressiva da inflação, que vem acarretando em baixa reserva cambial. Com isso, os produtores de lá seguraram as colheitas mais do que o normal para se defenderem da inflação e esperar uma possível alta do peso argentino.
Para tentar contornar essa situação, o governo argentino adotou o “dólar soja”, até 30/09, para que os produtores vendessem a oleaginosa e, consequentemente, aumentasse a exportação argentina. Os produtores poderão exportar a soja ao câmbio de 200 pesos por dólar americano, ou seja, 43% a mais que a taxa oficial de 139 pesos. A medida resultou em números recordes de venda, com cerca de um milhão de toneladas vendidas em um dia.
A projeção de uma produção recorde dos EUA vem se fortalecendo diante da estabilidade da qualidade das lavouras até o momento, apesar de adversidades climáticas em algumas regiões. Além disso, a colheita estadunidense inicia ainda este mês.
Falando agora do principal comprador de soja mundial, a China teve um recuo de 24,5% nas importações da oleaginosa no mês passado, em relação a agosto de 2021, por conta das margens ruins de esmagamento. De acordo com a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina, esses fatores colocam uma pressão baixista nas cotações de Chicago, diante do aumento de oferta no mercado de grãos.
O dólar teve uma semana de leve queda, fechando a sexta-feira valendo R$5,15 (-0,58%). No início da semana, houveram movimentos de alta acompanhando a recuperação da moeda americana no mercado externo. Porém, na volta do feriado, o dólar foi influenciado pelos rumos da política monetária no exterior e pela alta das commodities.
No Brasil, há cogitações de um possível aumento de 0,25% da taxa de juros na próxima reunião do Copom, aumentando o interesse dos estrangeiros pelo mercado brasileiro. Com a queda do dólar e Chicago, as cotações do mercado brasileiro fecharam a semana em queda em relação à semana anterior.
Essa semana será marcada pela divulgação do Relatório de Oferta e Demanda do USDA, no dia 12/09 -onde serão apresentados ajustes das expectativas de produção da safra norte-americana. O mercado espera que venham números acima dos divulgados no último relatório. Sendo assim, isso poderá provocar uma desvalorização em Chicago.
As atenções começam a se mover para o plantio da safra brasileira, que já foi iniciada em algumas regiões. O feriado de 3 dias na China poderá enfraquecer a demanda semanal. O dólar poderá ter uma semana de queda, pressionado pela alta tendência ao risco mundial. Com Chicago e dólar em queda, a semana poderá ser marcada pela continuidade baixista, em relação à semana anterior.
Na semana que passou, as cotações do milho brasileiro tiveram leve valorização. Isso ocorreu, por causa de dois fatores: finalização da colheita - com produção estimada em 93 milhões de toneladas e exportações aquecidas do cereal.
O mês de agosto fechou com recorde de 7,5 milhões de toneladas exportadas e setembro já começa com bons números de embarque, prometendo ser um mês bastante expressivo nas exportações. Logo, Ruan Sene, analista da Grão Direto, afirma que os produtores brasileiros continuam cautelosos com as vendas, com expectativas de obterem preços melhores nas próximas semanas.
As expectativas de exportação para a China tomaram força, após noticiarem que o Brasil está ajustando os últimos detalhes para iniciar a exportação de milho ao país asiático, que deverá comprar volumes expressivos da produção brasileira.
O último Relatório de Condições de Lavouras, divulgado na terça-feira (06/09), trouxe uma estabilidade nas condições de lavouras boas a excelentes, indo contra a expectativa de melhora do mercado. Por falar em mercado externo, Chicago finalizou a semana com uma alta expressiva de +4,34%, encerrando a semana valendo 6,97 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana em queda de -0,58%, valendo R$5,15.
No cenário de leve queda no dólar e alta expressiva em Chicago, as exportações tendem a continuar aquecidas.
De acordo com a Grão Direto, para esta semana, a expectativa de continuidade de alto volume de exportação no mês de setembro servirá de suporte para as cotações brasileiras, sendo um contrapeso à superprodução do Brasil, que trouxe para o mercado uma oferta enorme de milho. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de alta.
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