Publicado em 08/09/2022 10h33

Venezuela “exporta” consumidores de feijão

“Os 6 milhões de refugiados da Venezuela, que saíram em massa para países vizinhos na América Latina, levaram consigo a culinária".
Por: Leonardo Gottems

De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), uma matéria publicada na Pulsepod, blog do GPC, Global Pulse Confederation, trouxe uma reflexão interessante para o setor Feijoeiro. Isso porque, segundo as informações, a Venezuela acabou exportando consumidores de Feijão-preto.

“Os 6 milhões de refugiados da Venezuela, que saíram em massa para países vizinhos na América Latina, levaram consigo a culinária. Fruto deste fato é que países como Colômbia e Peru registraram aumento de consumo de Feijões-pretos, o que implicou em importarem mais Feijões. Por aí começamos a imaginar o impacto, no cotidiano na população, por exemplo, da Colômbia, que com cerca de 50 milhões de habitantes recebeu cerca de 2 milhões de venezuelanos”, indica o Ibrafe.

Nesse cenário, isto representa 4% do total da população e pode representar oportunidades para o setor de feijão do Brasil. Além disso, soma-se também o fato de que muitos países não produzem feijão-preto, mas tem esse consumo. O principal exemplo disso é os Estados Unidos, que costumam consumir bastante essa variedade.

“E lendo esta matéria, passei a refletir sobre as oportunidades que isso vai abrindo para o Brasil. Já exportamos Feijões para Venezuela. Mas países da América Latina que não produzem Feijão-preto, por exemplo, acabam importando, pois tem demanda em seu país. Na sequência, ocorre que parte da população local acaba experimentando e também passa a consumir Feijão. É o caso dos Estados Unidos, que tinham o Feijão-preto como produto voltado à população latina que lá reside e exportação. Hoje em dia, em algumas regiões, há mais consumidores americanos em restaurantes como Texmex do que latinos”, completa.

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