Os produtores brasileiros abateram 7,38 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre de 2022, um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve um crescimento de 5,7% no abate de animais.
O mês de menor atividade no segundo trimestre foi abril, com 2,26 milhões de cabeças, enquanto maio teve o maior registro de abates, 2,59 milhões de animais. O total de fêmeas abatidas foi de 2,93 milhões no segundo trimestre, com alta de 12,8% em relação ao segundo trimestre de 2021.
"A alta no abate de bovinos ocorre pelo segundo trimestre consecutivo após um período de baixa, especialmente do abate de fêmeas que vinham sendo poupadas para as atividades reprodutivas desde o fim de 2019. A recente desvalorização dos bezerros parece estar levando a um descarte maior de fêmeas. Também é relevante considerar que a carne de fêmeas, principalmente de novilhas, está sendo mais requisitada pelo mercado externo", justificou Bernardo Viscardi, supervisor de indicadores pecuários do IBGE, em nota de divulgação da pesquisa.
O abate de bovinos cresceu em 19 das 27 Unidades da Federação, com aumentos mais relevantes em São Paulo (+163,90 mil cabeças), Minas Gerais (+59,34 mil), Mato Grosso do Sul (+35,62 mil), Tocantins (+28,74 mil), Bahia (+28,30 mil), Paraná (+25,49 mil) e Maranhão (+12,20 mil). As perdas mais expressivas ocorreram em Goiás (-73,77 mil), Mato Grosso (-41,04 mil), Rondônia (-22,66 mil), Rio Grande do Sul (-4,29 mil) e Acre (-3,57 mil).Mato Grosso manteve a liderança do abate de bovinos, com 15,0% da produção nacional, seguido por São Paulo (12,0%), Mato Grosso do Sul (11,3%) e Minas Gerais (10,3%).