Os contratos futuros do açúcar encerraram a terça-feira (23) mistos nas bolsas internacionais, em compasso de espera do resultado da safra no Brasil, maior player mundial da commodity. Em Nova York, na ICE Futures, todos os lotes do açúcar bruto fecharam no vermelho, enquanto em Londres, as quatro primeiras telas da ICE Future Europe encerraram no azul, e as demais desvalorizadas.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, negociantes disseram que o mercado estava aguardando mais clareza sobre as perspectivas para a safra de cana no Centro-Sul do Brasil na atual temporada 2022/23, com a maioria dos analistas esperando que a produção aumentasse, apesar da Conab prever na semana passada que o volume seria o menor desde 2011.
O açúcar bruto de Nova York, no vencimento outubro/22, encerrou o pregão de ontem contratado a 17,89 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 5 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela março/23 recuou 8 pontos, com negócios firmados em 17,84 cts/lb. Os demais contratos fecharam desvalorizados entre 9 e 14 pontos.
Em Londres o contrato outubro/22 fechou em US$ 549,80 a tonelada, pequena variação positiva de 30 cents de dólar, ou 0,1%, no comparativo com os preços de segunda-feira. As telas dezembro/22, março e maio/23 subiram, respectivamente, 80, 30 e 40 cents de dólar. Os demais contratos, de menor liquidez, caíram entre 40 e 70 cents de dólar.
No mercado doméstico a terça-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada a R$ 129,10 contra R$ 128,95 da véspera, variação positiva de 0,12% no comparativo.
Já o etanol hidratado manteve sua trajetória de queda pelo Indicador Diário Paulínia nesta terça-feira. O biocombustível foi comercializado ontem a R$ 2.547,50 o m³ desvalorização de 0,55% no comparativo com os preços de segunda-feira, quando o hidratado fora comercializado a R$ 2.561,50 o m³.