De acordo com o Analista de Mercado da Grão Direto, as cotações de soja voltaram a cair em Chicago. Os principais motivadores dessa queda foram o clima favorável, os números apresentados pelo Relatório de Oferta e Demanda Mundial no dia 12/08 e o receio da, ainda possível, recessão global. Além disso, o último Relatório de Condições de Lavouras, divulgado na segunda (15/08), apontou piora de -1% nas lavouras entre boas a excelentes, saindo de 59% para 58%. Contudo, isso não afetou significativamente o mercado.
Em relação às exportações, de acordo com o FAS (Foreign Agricultural Service) - que faz o monitoramento de exportações americanas - houveram vendas líquidas de 96.900 toneladas da safra 2021/22, principalmente para a China, indicando um possível retorno do país asiático às compras.
O contrato com vencimento setembro/2022 fechou a semana valendo U$14,90 o bushel (-2,68%). A queda significativa ocorreu por conta da mudança do mês de referência do contrato, que estava acima do atual. Enquanto o contrato com vencimento em março/2023 também fechou com queda de -2,82%, sendo cotado a U$14,15 o bushel.
Já o dólar teve uma semana de muita volatilidade, fechando a sexta-feira valendo R$5,17 (+1,97%). Após instabilidades externas, foi possível reforçar a ideia de que a taxa de juros dos Estados Unidos poderia ter mais uma alta de 0,75%. Dessa forma, certo receio se sustenta no mercado sobre os rumos da economia americana.
No Brasil, a política tende a causar, também, bastante oscilação no câmbio nas próximas semanas.
Mesmo com a alta do dólar, a queda de Chicago prevaleceu, provocando desvalorização nos preços do mercado brasileiro em relação à semana anterior.
Para esta semana, de acordo com a maior plataforma de comercialização digital de grãos da América Latina, o clima continua sendo o principal fator de atenção do mercado. As previsões climáticas apontam para uma semana com boas quantidades de chuvas no meio-oeste estadunidense, com exceção do norte de Dakota do Sul e praticamente toda Dakota do Norte e Minnesota. Isso poderá acarretar na desvalorização em Chicago.
Movimentos de compras, principalmente da China, também poderão continuar influenciando o mercado. O dólar poderá ter uma semana de alta, influenciado pela possível alta da taxa de juros americana.
Com dólar em alta e Chicago em queda, a semana poderá ser marcada pela estabilidade dos preços no Brasil, em relação à semana anterior.
O milho brasileiro continua sendo pressionado pelo alto volume de oferta, ocasionado pela boa produção na safrinha de 2022. Mesmo após as reduções nas expectativas de produção, divulgadas no Relatório de Oferta e Demanda, e o aumento da média diária do volume exportado, o mercado ainda não esboçou reação de preço.
De acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), até a segunda semana do mês de agosto o Brasil exportou aproximadamente 3,2 milhões de toneladas, contra 4,3 milhões de todo mês de agosto de 2021. Dessa forma, segundo Ruan Sene da Grão Direto, o mês certamente fechará com números bem acima do ano anterior, podendo chegar a um dos meses mais significativos dos últimos 10 anos.
Falando em mercado externo, Chicago (CBOT) finalizou a semana com queda de -1,42%, encerrando a U$6,27 por bushel. Já o dólar fechou a semana com queda, valendo R$5,17.
Em relação a safra norte-americana, o clima apresentou melhores condições para o meio-oeste, com chuvas mais volumosas e temperaturas mais baixas nas principais regiões produtoras do cereal. Isso deve trazer melhora nas condições das lavouras, que apresentaram redução de -1% entre as lavouras boas a excelentes no último relatório.
No cenário de queda em Chicago e alta no dólar, as exportações tendem a ficar estáveis.
De acordo com a Grão Direto, para esta semana, o mercado continuará monitorando de perto a evolução do clima nas regiões produtoras dos EUA. O grande volume da safrinha ainda poderá continuar pressionando as cotações. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de continuidade de quedas.
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