A semana passada iniciou com queda significativa, acima de 6,50%, em Chicago. Isso ocorreu possivelmente por causa da leve melhora nas condições de lavoura dos EUA, no dia 01/08, a qual trouxe um aumento de 1% nas condições boas e excelentes, passando de 59% para 60%.
Outro fator que impulsionou essa queda foi a ida da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA - Nancy Pelosi - à Taiwan. A situação gerou cautela nos mercados, diante de uma ameaça da China de uma possível retaliação.
Após isso, a soja se recuperou, porém ainda fechou a semana no campo negativo, valendo U$16,16 o bushel (-1,52%). Além disso, o contrato com vencimento em março/2023 também fechou em queda de -3,94%, sendo cotado a U$14,15 o bushel.
Essa recuperação foi motivada principalmente pela piora nas previsões de clima nos EUA para os próximos dias, em específico, no “Corn Belt” (região produtora dos EUA) na região norte: atingindo boa parte da Dakota do Norte e Minnesota; e sul, nas Kansas e em Nebraska. Contudo, os modelos climáticos estão apresentando divergências, o que vem trazendo bastante incerteza no mercado.
O dólar também teve uma semana de muita volatilidade, chegando a atingir R$5,30, porém fechou a sexta-feira perto da estabilidade, valendo R$5,17 (0%). Mesmo após a divulgação da geração do número de empregos acima do esperado pelo mercado, o que em tese fortaleceria o dólar, o movimento de entrada de recursos estrangeiros no Brasil tem sido mais significativo no momento.
Além disso, há expectativas de que o Banco Central pode já ter encerrado o ciclo de aperto monetário, depois do último ajuste de 0,50 ponto porcentual. Dessa forma, com a estabilidade do dólar e queda de Chicago, o mercado brasileiro teve desvalorização nos preços em relação à semana dos dias 29/07 a 05/08.
Esta semana promete ser bem agitada em Chicago, principalmente por conta da divulgação do relatório de oferta e demanda mundial do WASDE - Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, no dia 12/08.
Diante da piora nas condições de lavouras considerando todo o mês de julho, o relatório poderá trazer um ajuste de produção e oferta, podendo elevar os preços de Chicago. As previsões climáticas apontam para uma semana com chuvas mal distribuídas e altas temperaturas nos estados produtores americanos.
Movimentos de compras, principalmente da China, também poderão influenciar o mercado. O dólar poderá ter uma semana de queda, pressionado pelo fluxo de entrada de dólar no Brasil. Sendo assim, a semana poderá ser marcada pela alta dos preços no nosso país, isso em relação à semana anterior.
Na semana anterior, as cotações de milho sinalizaram uma reação com a presença mais firme de compradores servindo de suporte. A instabilidade climática nos EUA ainda vem causando preocupação no mercado, podendo prejudicar a produção inicial esperada da safra americana. Diante disso, alguns países, entre eles a China, já estão se movimentando para iniciar suas compras ainda este ano.
Além disso, a Europa também vem demonstrando interesse em comprar milho brasileiro, diante da seca e calor que o continente vem passando. Portanto, esses acontecimentos poderão fortalecer ainda mais a demanda, que já atinge números superiores aos do ano anterior.
De acordo com o Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações de julho totalizaram 4,12 milhões de toneladas - no ano passado, neste mesmo período, esse número era de 3,98 milhões. Por isso e outros fatores, o mês de agosto deverá ser bastante significativo nas exportações.
Falando em mercado externo, Chicago (CBOT) finalizou a semana com uma queda de -1,49%, encerrando a 6,09 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana no mesmo patamar da semana anterior, valendo R$5,17.
No cenário de queda em Chicago e estabilidade no dólar, as exportações tendem a ficar estáveis. Porém, com cenário de alta demanda mundial essa regra não vem sendo respeitada.
Para esta semana, o mercado continuará monitorando de perto a evolução do clima nas regiões produtoras dos EUA. As demandas externas também poderão influenciar o mercado. Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de alta.
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