Como ocorre habitualmente, os resultados iniciais tendem a uma diluição à medida que o mês avance. Porém, os embarques de carne de frango in natura da primeira semana de agosto corrente apresentaram desempenho que promete bons resultados para o mês – aliás, o mais longo do ano, com 23 dias úteis.
O volume embarcado nos cinco primeiros dias úteis de agosto correspondeu a uma média diária de 21.070 toneladas, quantidade que representou aumentos de 17,34% sobre o mês anterior e de quase um terço (+32,01%) sobre agosto de 2021. No total, os embarques do período somaram 105.352 toneladas, cerca de 28% do total registrado em julho passado (377.103 toneladas).
Mantida a média diária atual nos demais 18 dias úteis do mês, o total de agosto ultrapassaria as 480 mil toneladas, deixando para trás o recorde de 438 mil toneladas, imbatível desde julho de 2018.
O que já não caminha na mesma velocidade anterior é o preço – o que também pode representar uma tendência. Nestes cinco primeiros dias de agosto o preço médio alcançado ficou em US$2.129,40/tonelada, valor 4,22% inferior ao do mês anterior – US$2.223,31/tonelada, o maior valor já registrado na história das exportações de carne de frango.
É verdade, neste caso, que o preço atual ainda se encontra 21% acima do que foi alcançado um ano atrás. Mas também corresponde ao menor valor dos últimos três meses.
Apesar, no entanto, dessa retração, a receita cambial do mês ainda pode alcançar novo recorde. Claro: desde que o preço se mantenha e haja expansão no volume. Pelo desempenho atual, o total auferido no mês ultrapassaria pela primeira vez o bilhão de dólares, aumentando 23% em relação ao mês anterior e 67% em relação a agosto de 2021. Mas os resultados finais, embora elevados, devem ser menos expressivos que os ora projetados.
