Segundo o analista de mercado da Grão Direto, a última semana foi marcada por queda generalizada no mercado de soja. O contrato de Chicago com vencimento em agosto, atingiu U$14,32 o bushel, resultando em queda de -2,52%. Já o contrato com vencimento março/2023, atingiu U$13,25 (-1,56%).
Dessa forma, o mercado retornou às cotações do início do ano. Nem mesmo a piora de 1% nas condições de lavouras boas a excelentes, no dia 10/07, foram suficientes para reverter o movimento de queda.
Os motivos são os mesmos que têm sido citados em outras análises: aversão ao risco no mercado financeiro + fundamentos específicos da soja. O temor de uma recessão global ainda continua muito presente - mesmo com aumentos sincronizados da taxa de juros - não está havendo controle efetivo da inflação.
Já em relação aos fundamentos, houve melhora significativa nas previsões de chuvas dos próximos dias em praticamente todo “Corn Belt” (Regiões produtoras dos Estados Unidos), sendo menos intensa em parte da Dakota do Norte.
Além disso, o dólar teve mais uma semana de alta, fechando a sexta-feira valendo R$5,50 (+1,85%). Nesse sentido, os temores de uma recessão ainda poderão continuar e, consequentemente, a busca por “porto seguros”, também.
Na última semana, o Banco Central Europeu aumentou as taxas de juros após 11 anos na zona do euro, que também atingiu nível recorde de inflação. No Brasil, a credibilidade fiscal ainda continua fragilizada, após a aprovação da PEC “Kamikaze”.
Para esta semana, de acordo com a Grão Direto, os temores de uma recessão econômica ainda permanecerão, provocando cautela no mercado financeiro em geral. As previsões climáticas apontam para melhora na distribuição das chuvas e temperaturas amenas, na região do “Corn Belt”. Além disso, movimentos de compras chinesas também poderão influenciar o mercado.
O dólar terá uma semana agitada, pois os Estados Unidos reajustará a sua taxa básica de juros. Possivelmente o mercado já tenha precificado essa elevação, portanto, o dólar poderá ter uma semana de queda.
Sendo assim, a semana poderá ser marcada pela continuidade de queda nos preços do Brasil, em relação à semana anterior.
Na semana anterior, as cotações de milho continuaram sofrendo pressão de oferta, com a evolução da colheita. Após a Rússia e a Ucrânia assinarem um acordo histórico para reabrir os portos ucranianos do Mar Negro para exportações de grãos, fortaleceu-se a expectativa de aumento de oferta do produto no mundo. Além disso, a melhora do clima nas regiões produtoras dos EUA também reforça o otimismo do mercado.
De acordo com o Ruan Sene da plataforma Grão Direto, o temor de uma possível recessão global vem enfraquecendo as exportações do milho brasileiro, onde já há especulações de haver uma redução em relação à expectativa inicial. Contudo, ainda continua em níveis recordes de exportação até o momento, onde houve um aumento de 74% no volume de janeiro a junho de 2022, em relação aos mesmos períodos do ano passado, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O dólar fechou a semana com uma alta de +1,85%, valendo R$5,50. No cenário de queda em Chicago e alta no dólar, as exportações tendem a ficar estáveis.
Para esta semana, o mercado passa a monitorar ativamente a evolução do clima nas regiões produtoras dos EUA, diante do momento chave de seu desenvolvimento. As previsões apontam para melhora nas temperaturas e distribuição das chuvas, com as maiores quantidades esperadas nas porções sul e leste do cinturão produtor.
Diante disso, as cotações poderão ter uma semana de continuidade de queda, porém menos significativas que a semana anterior.
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