As cotações do açúcar bruto fecharam em alta na última sexta-feira (8) na ICE Future de Nova York. Os preços foram sustentados, segundo analistas ouvidos pela Reuters, "pela forte demanda física que ajudou a apertar a oferta global". O vencimento outubro/22 subiu 5 pontos, ou 2,7%, contratado a 19,02 centavos de dólar por libra-peso.
"Embora esperemos que os preços à vista permaneçam vulneráveis a liquidações de especuladores comprados desencadeadas pelo fluxo negativo de notícias econômicas, acreditamos que é prematuro que as commodities sucumbam às preocupações com a recessão, quando a economia global ainda está crescendo e os mercados permanecem em déficit devido à forte demanda", disse o Goldman Sachs aos analistas da Reuters.
A Agência Internacional de Notícias trouxe ainda que a fila de navios para carregar açúcar do Brasil continua forte, com traders citando compras chinesas, além do fato da Índia ter estendido o prazo para a exportação de 800 mil toneladas de açúcar em duas semanas, "uma vez que as chuvas anuais de monção tornam difícil para muitos produtores transferir estoques das fábricas para os portos".
Em Londres, a sexta-feira também foi de alta nas cotações do açúcar branco da ICE Future Europe. A tonelada da commodity, no vencimento agosto/22, foi contratada a US$ 568,90, valorização de 13,90 dólares, ou 2,5%, no comparativo com os preços do dia anterior.
No mercado doméstico a sexta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 125,98 contra R$ 126,78 da véspera, queda de 0,63% no comparativo.
