A posição de julho para o milho na B3 fechou em queda no dia e as de setembro e novembro, em alta, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os fechamentos da B3 desta sexta-feira nos dizem que os investidores estão esperando uma reversão da demanda de milho para cima a partir do segundo semestre deste ano, exatamente como explicamos em nossa análise no caput deste informativo”, comenta.
“Como acontece em todos os anos, a exportação de milho safrinha é maior a partir de agosto. A queda de hoje da posição de julho ocorreu apesar da alta de Chicago, quase três vezes maior do que a queda do dólar, mesmo assim não incentivando a demanda. As cotações futuras fecharam em alta no dia para julho e alta no dia e queda na semana para os demais meses: o vencimento julho/22 fechou a R$ 82,70, queda de R$ 0,12 no dia e de R$ 1,63 na semana nos últimos 5 pregões (semana); já setembro/22 fechou a R$ 86,81, alta de R$ 0,75 no dia e queda de R$ 0,10 na semana e novembro/22 fechou a R$ 88,35, alta de R$ 0,82 no dia e queda de R$ 1,22 na semana”, completa.
Em Chicago o milho recupera mais 31,25 cents e fecha acima da linha de resistência, por risco climático. “A cotação do milho para julho, que é o mês de entrega, fechou em alta de 4,18% ou $31,25 cents/bushel a $778,25; agosto22, que passou a ser referência para a exportação brasileira, fechou em nova alta de 4,31% ou $ 26,25cents/bushel a $ 635,25. A cotação para março 2023, início da safra de verão, que fechou em forte alta de 4,78% ou $ 28,75 cents ou a $ 630,75”, indica.
“O mercado incorporou algum risco climático. As previsões de seca para meados de julho em algumas regiões produtivas dos EUA levantaram alguma preocupação, já que as colheitas entraram nos principais estágios de desenvolvimento. As altas do trigo e do petróleo também deram sustentação”, conclui.