O Banco Central acabou elevando a sua previsão para a economia do país de 1% para 1,7% em 2022, apesar de a economia brasileira estar sob forte pressão devido ao aumento generalizado dos preços. De acordo com o órgão, o desempenho "positivo" e "surpreendente" do produto interno bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre do ano, que aumentou 1% em comparação com os três meses anteriores, uma tendência que espera manter no segundo trimestre.
Nesse contexto, a produção é dois décimos de ponto percentual superior à do Governo, que estima um crescimento de 1,5%, e um ponto superior à última previsão do mercado financeiro (0,70%) para o país sul-americano. No entanto, a América Latina sente "os efeitos cumulativos do atual aperto monetário" e "à persistência de choques de oferta", entre outros fatores associados à atual instabilidade internacional.
"A incerteza na projeção permanece maior do que o habitual, num cenário de guerra contínua na Ucrânia e de riscos crescentes de abrandamento global" devido a "pressões inflacionistas", afirmou numa apresentação divulgada aos meios de comunicação social.
Além disso, inflação no Brasil foi de 11,7% ao ano em maio, embora o mercado financeiro espere fechar o ano em cerca de 8,5%, o que também ultrapassaria o limite máximo para 2022 de 5,0%. A subida dos preços obrigou o banco central a aumentar gradualmente as taxas de juro oficiais, que hoje se situam em 13,25% ao ano, o seu nível mais elevado desde dezembro de 2016.
Na balança comercial, a previsão é de superávit (exportações superando importações) e passou de US$ 83 bilhões para US$ 86 bilhões.