Primeiro pela continuidade do projeto e garantia do término da obra completa, sem desvio de sua configuração inicial e ainda da obrigatoriedade de uso de gás natural e manutenção de contratos por parte do fornecimento da Petrobras. A avaliação foi feita pelo secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Ele lembra que neste ano, o Estado teve a tentativa de venda para a empresa Acron frustrada. "Essa venda na verdade ela foi indeferida pelo Governo do Estado em função da empresa não ter apresentado no seu plano de negócio a possibilidade de término da fábrica e sim a construção de uma misturadora", destacou.
Diante disso, o titular da Semagro, o governador Reinaldo Azambuja e a deputada federal e ex-ministra Tereza Cristina estiveram na Petrobras fazendo algumas propostas. "Primeiro apresentamos a necessidade da Petrobras republicar o edital para que desse prosseguimento ao desinvestimento. Dentro desse item nós fizemos algumas solicitações que era que se colocasse a obrigatoriedade da conclusão da obra no edital. Além disso que se colocasse também a questão da possibilidade da Petrobras fornecer o gás natural, e que ainda dentro deste ano fosse lançado o edital e encerrado o processo de desinvestimentos", relembrou.
Por esse motivo, com a publicação da oferta de oportunidade de venda (teaser) divulgada na terça-feira (31) no site da Petrobras, o Mato Grosso do Sul sai vitorioso em suas demandas. "Nós tivemos com essa publicação uma grande vitória pra Mato Grosso do Sul. Primeiro por retomar o processo de venda que é fundamental. Lembrando que essa fábrica representaria hoje um adicional praticamente de 20% do total da produção de nitrogenados. Mas principalmente a questão da da produção da ureia. Então são ureia, amônia e CO2 que são importantes para reduzir a dependência do Brasil em relação aos fertilizantes importados", acrescentou Jaime Verruck
O titular da Semagro lembrou ainda que o Estado sempre tinha a preocupação que algumas empresas acabassem não fazendo oferta pela UFN3 por causa da não disponibilidade do gás natural, que é a matéria-prima. "São 2,3 três milhões de metros cúbicos diariamente que serão necessários para serem consumidos na fábrica. Então essa opção que a Petrobras dá ou de contratar diretamente com a estatal ou do Mercado Livre fica opcional ao comprador. Isso cria uma segurança sob o ponto de vista de fornecimento de matéria prima para a empresa", alegou.
Um outro ponto é extremamente importante, segundo Verruck, é a obrigatoriedade de se colocar que a UFN3 aquele que comprar tem uma obrigatoriedade de concluir a obra e isso é inegociável dentro dessa nova proposta de desinvestimento da Petrobras. Finalmente outro item essencial é a celeridade de se finalizar a fábrica.
"O Brasil tem uma necessidade estratégica de ter uma disponibilidade de fertilizante. Então a celeridade desse processo é que a Petrobras também estabeleceu que ele se iniciou agora. e deve terminar ainda dentro do prazo de dezembro de 2022. Então Mato Grosso do Sul tem um grande recomeço desse processo de buscar investidores. Nós já temos interesse de dois investidores que foram buscar questão de incentivo e o Governo tem uma posição muito clara. Aquele que vier para dar continuidade a obra terá a transferência de toda política de serviços fiscais do Estado e atribuída à Petrobras que será repassado ao novo comprador. Então nós já realizamos a reunião com dois potenciais compradores que a partir de agora poderão acessar a Petrobras, e conhecer in loco e fazer uma diligência sobre esse equipamento. O próximo passo agora é aguardamos esses investidores que podem agora formalmente vir ao Governo do Estado para que a gente possa fazer os acordos também junto com a prefeitura municipal de Três Lagoas. Para que no próximo ano então tendo um interessado, um comprador, possa se iniciar as obras", concluiu o secretário.