Publicado em 30/05/2022 15h31

Análise do especialista - 30/05/2022

Elaborado pela equipe da Grão Direto. A Análise do Especialista é um informativo completo e rico em dados que auxiliam na tomada de decisão da venda e compra dos grãos.
Por: Grão Direto

O mercado de soja foi marcado por mais uma semana de alta em Chicago, fechando a sexta-feira valendo 17,32 dólares o bushel, o que representa alta de +1,57%. Os motivos da alta foram clima menos favorável para o plantio da safra americana e alta do petróleo.

 As previsões climáticas estão apontando continuidade de chuvas na próxima semana, prejudicando o avanço do plantio na parte norte do cinturão produtor americano. 

Já o petróleo entra agora em um momento de alto consumo devido ao início da estação de verão, na qual geralmente ocorrem muitas viagens, fortalecendo a sazonalidade de alta.

Além desses fatores, nesse momento, há imensa demanda por exportação diante da pouca oferta disponível. Os derivados de soja tiveram uma semana mista, onde o óleo teve queda de -1,98% e o farelo alta de +0,86%. Além disso, o petróleo fechou a semana com uma alta expressiva de +4,28%.

O dólar fechou a semana com queda significativa, valendo R$4,74 (-2,67%). A queda do dólar ainda continua acontecendo em relação à moeda brasileira. Além disso, permaneceram os temores de uma desaceleração econômica global em meio a perspectivas de altas mais fortes dos juros pelo mundo para conter a inflação. 

Sendo assim, com a queda expressiva do dólar e a alta de Chicago, o mercado brasileiro apresentou uma pequena valorização de preço, em relação à semana anterior.

Essa semana será um pouco mais curta em Chicago, por causa do feriado de  “Dia Memorial” na segunda-feira (30/05). As condições climáticas continuarão influenciando as cotações em Chicago, apontando previsão de mais chuvas e causando preocupação em relação ao atraso de plantio. Caso não haja melhora significativa na evolução, as cotações poderão continuar sua tendência de alta, ficando acima de U$17,00 o bushel. O movimento de compra chinesa no mercado internacional também será outro fator importante.

O dólar terá uma semana de muita volatilidade, principalmente por conta da divulgação dos dados de desemprego nos EUA, na sexta-feira. Caso haja melhora nos níveis de desemprego, o dólar poderá se fortalecer no mundo. Se esse cenário se confirmar, as cotações de soja brasileira poderão ficar mais atrativas em relação à semana anterior.

Essa semana foi marcada pela volta do interesse de compradores, reaquecendo o mercado. Com a evolução da colheita da safrinha em algumas regiões brasileiras, está entrando um volume considerável no mercado, tornando as negociações interessantes para os compradores que conseguem comprar por um preço um pouco mais baixo em relação às semanas anteriores.

 A divulgação da notícia de que a China assinou um protocolo com interesse de comprar milho brasileiro fortaleceu as expectativas. Até o momento, a China não tinha acordo fitossanitário para comprar milho brasileiro, porém com a falta do produto no mundo, o Brasil se torna um importante fornecedor. 

Por outro lado, a falta de chuva continuará presente em várias regiões já afetadas pelo fenômeno climático em algumas regiões do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro. Chicago (CBOT) finalizou a semana com uma queda de -0,26%, encerrando a 7,76 dólares por bushel.

Já o dólar fechou a semana com uma queda expressiva de -2,67%, valendo R$4,74. No cenário de dólar e Chicago em queda, as exportações ficam menos atrativas, tornando o mercado interno mais interessante.

Essa semana, as cotações de milho poderão continuar seu movimento de queda, pressionado principalmente pela colheita em algumas regiões produtoras.

 

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