Publicado em 24/05/2022 19h23

Análise do especialista

Como o mercado se comportou na última semana?
Por: Especialista Grão Direto

Nós, da Grão Direto, queremos deixar você sempre mais informado sobre o mercado de grãos. Para isso, fornecemos a ANÁLISE DO ESPECIALISTA: um informativo completo e rico em dados que auxiliam na tomada de decisão da venda e compra dos grãos.

SOJA 🌱🚜💨

Como o mercado se comportou na última semana?

As cotações da soja oscilaram bastante, mais uma vez, na semana passada em Chicago. Na sexta-feira, o mercado fechou valendo 17,05 dólares o bushel (+3,61%). Além disso, as preocupações com o atraso, em relação às médias históricas da safra atual dos EUA, vêm servindo de suporte às cotações de Chicago. 

De acordo com o boletim semanal, divulgado na segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no dia 15 de maio cerca de 30% da área dedicada à oleaginosa já havia sido semeada, porém nessa mesma época no ano passado o valor era 58%.

 Outro fator que está impulsionando as cotações em Chicago é o aumento de exportações, principalmente para a China, que vem comprando bastante soja brasileira e americana. Além disso, os derivados de soja tiveram uma semana mista - o óleo teve queda de -3,43%, já o farelo, alta de +4,68%. 

O dólar fechou a semana com queda significativa, valendo R$4,87 (-3,75%). A queda da moeda americana não aconteceu somente no Brasil, mas também em vários outros países. No mais, permanecem os temores da desaceleração econômica global, em meio a perspectivas de altas mais fortes dos juros pelo mundo para conter a inflação.

Com a queda expressiva do dólar, mesmo com a alta de Chicago, o mercado brasileiro apresentou pequena desvalorização de preço, em relação à semana anterior.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESTA SEMANA?

Essa semana ainda continuará sendo influenciada pelas condições climáticas nos Estados Unidos, que mesmo com uma previsão de melhora, causa preocupação em relação ao atraso de plantio. Caso não haja melhora significativa na evolução, as cotações poderão continuar sua tendência de alta. Os movimentos da compra chinesa no mercado internacional, também, será outro fato importante. 

O dólar poderá ter mais uma semana de queda, influenciado pelo enfraquecimento global da moeda. Caso esse cenário se confirme, as cotações da soja brasileira poderão ficar menos atrativas em relação à semana anterior, mesmo com uma possível alta de Chicago.

MILHO 🌽🚜💨 

COMO O MERCADO SE COMPORTOU NA ÚLTIMA SEMANA?

Mais uma semana marcada pela continuidade de baixo interesse de compradores. A semana começou com alta nas cotações da bolsa de valores brasileira, causada pela chegada de uma frente fria no litoral sul brasileiro, alertando sobre os riscos de geadas. Apesar da preocupação, o frio acabou se dissipando, não trazendo as geadas previstas (salvo em algumas regiões muito específicas).

Embora as bolsas tenham subido, o mercado físico se manteve estável, sem muita alteração de preços de compra. Por outro lado, a falta de chuva poderá continuar em várias regiões já afetadas pelo fenômeno climático em algumas regiões do Sudeste e Centro-Oeste brasileiro.

As exportações do cereal tendem a ser maiores esse ano, tendo em vista a falta de milho no mundo, ocasionada pelo conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia, e pela diminuição de área plantada nos EUA.

 Esse cenário, até o momento vem sendo confirmado, diante do aumento de aproximadamente 16% no volume de exportações de janeiro a abril de 2022, se comparado ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

Falando em mercado externo, Chicago (CBOT) finalizou a semana com uma queda de -0,38%, encerrando a 7,78 dólares por bushel. Já o dólar fechou a semana com uma leve queda de -3,75%, valendo R$4,87. No cenário de dólar e Chicago em queda, as exportações ficam menos atrativas, aumentando a oferta no mercado interno brasileiro.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESTA SEMANA?

Essa semana, as cotações de milho poderão voltar ao seu movimento de alta, pressionado principalmente pelo cenário climático desfavorável em boa parte das regiões produtoras.

 

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