Um levantamento feito pela fabricante FMC Corp indicou que os produtores estão preocupados com os preços de insumos como herbicidas e pesticidas, mas se obrigam a pagar caro para garantir que sua safra tenha um potencial crescimento. As informações foram divulgadas pela Bloomberg.
Segundo o CEO da FMC, Mark Douglas, os preços têm subido à medida que a pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia e outros problemas da cadeia de suprimentos apertaram o mercado. No entanto, os produtores também estão obtendo os melhores preços em anos para suas colheitas, então a demanda por produtos químicos é “muito forte”. “Eles precisam ter certeza de que estão maximizando seus rendimentos, porque é daí que virá o valor real”, disse Douglas em entrevista.
“A FMC está interessada em fazer negócios, principalmente por meio de seu braço de investimentos FMC Ventures. A empresa está particularmente focada em empresas que fabricam produtos biológicos, que é uma tecnologia que usa micróbios como alternativas aos produtos químicos tradicionais. À medida que ocorrem interrupções no setor, a demanda por esses produtos provavelmente aumentará, disse ele”, indicou a Bloomberg.
Nesse cenário, a indústria segue vendo produtores nos EUA, América Latina e Europa incapazes de obter os produtos de que precisam, disse Douglas. Isso está contribuindo para inflacionar os preços. Os herbicidas também tiveram forte alta mensal, como o Artys (56,56%). Também foi o caso do Glifosato 480, que subiu 38,50% no mês, do Dontor (34,83%) e Primestra Gold (16,41%). O Fungicida Priori Extra teve alta de mensal 20,19%. Já entre os inseticidas, o Pottente subiu 57,77%.