O Conselho Internacional de Grãos (IGC) previu a produção global de milho em 1.184 bilhão de toneladas em sua última estimativa, contra 1.197 bilhão de toneladas de sua previsão de abril. No entanto, essa redução ocorre toda nos Estados Unidos, o que pode elevar o preço do cereal no mercado.
“O corte de 13 milhões de toneladas foi todo em números dos EUA, refletindo a redução de rendimento do USDA na semana passada. Esta redução poderá voltar a elevar levemente as cotações do milho no mercado internacional. Se a China voltar a comprar dos EUA também será um fator de alta, embora suas importações estejam programadas para ser as menores dos últimos quatro anos”, comenta.
Além disso, altas no trigo e no petróleo, dois produtos aos quais o milho está muito ligado, também podem puxar as cotações para cima. “Estas altas no mercado internacional significam que a exportação poderá disputar com o mercado interno brasileiro o produto nacional, elevando os preços internos. Por outro lado, os Fundos estão aumentando sua posição de contratos em aberto comprados em Chicago, apostando na alta das cotações”, completa.
Nesse cenário, a cotação de julho22 do milho subiu $235,25 cents/bushel em 2022, ou US$ 92,62/tonelada, passando de $ 589,75 no primeiro dia do ano para $825 no dia 29 de abril e caindo para $ 778,25 nesta sexta-feira. “Só nesta semana recuou 3,50 cents ou 0,45% e em maio recuou 35,0 cents ou 4,31. O movimento de alta ocorreu quando a safra americana estava muito atrasada e se pensava que poderia haver migração da área de milho para a soja, mas, nas últimas duas semanas, os agricultores adiantaram o plantio que, embora ainda esteja atrasado, afastou definitivamente a possibilidade desta migração, provocando a queda nas cotações”, conclui.