Publicado em 23/05/2022 09h51

VEJA alternativa para vender melhor sua soja

Para evitar problemas na entrega, no caso de quebra, ou poder adaptar para cima o preço na alta.
Por: Leonardo Gottems

Diversos fatores complicam as negociações da próxima safra de soja 2022/23, aponta, os analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica. Pelo lado dos vendedores, o maior entrave é o do preço: “A maioria estranha preços tão menores do que os da safra atual”.

“Em segundo lugar, há as incertezas sobre o clima: alguns agricultores ainda estão ressabiados com as secas das duas últimas safras e anúncios de falta de chuva nos próximos meses de inverno, não umedecendo adequadamente o solo para o plantio vindouro”, acrescentam os especialistas. 

Por parte dos compradores, dizem eles, há uma incerteza generalizada entre os tradings a respeito dos fretes, tanto nacionais, como internacionais, já que terão que fretar navios para a soja para o seu destino final: “No Brasil tentam comprar CIF nos portos de embarques, mas nenhum vendedor aceita, justamente porque ninguém sabe o custo do frete daqui a quase um ano”.

De acordo com os analistas da TF, a solução seria vender apenas no mercado futuro, sem comprometer o físico. “Para evitar problemas na entrega, no caso de quebra de safra e para poder adaptar mais para cima o preço, no caso de alta eventual – seria a venda apenas na Bolsa de Chicago”.

“Esta solução permitiria aos vendedores aproveitar os ainda bons preços antes que caiam, porque existem duas grandes chances de os preços caírem: quando a safra americana for colhida em setembro e, outra quando as safras sul-americanas forem colhidas no próximo ano. Ao mesmo tempo que evitam os grandes problemas que podem existir numa eventual quebra de safra”, completam. 

“Por outro lado, se você vender e o preço subir, poderá readaptar a sua posição para um nível mais elevado, coisa impossível de fazer numa venda de mercadoria física. E os compradores teriam futuros em suas mãos para negociar os preços finais quando forem efetuar vendas no físico”, conclui a Consultoria TF Agroeconômica.

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