Os preços do milho estão caindo tanto no Brasil como no mundo, com fatores diversos que fatores refletindo com grande precisão no gráfico das cotações na Bolsa de Chicago que, no momento, está apontando para baixo. De acordo com a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, “vender antes parece que será melhor”.
A causa da queda, explicam, foi a importação de milho argentino e paraguaio que, no início do ano, estavam competitivos, dando folga aos compradores: “Com isto, puderam barganhar preços junto aos fornecedores nacionais, que começaram a promover um leilão às avessas, de quem vende por um pouco menos. Desta forma os compradores conseguiram se abastecer do restante que precisavam para esperar a chegada da Safrinha de 2022, que é o que estão fazendo neste momento”.
Na visão dos especialistas, a única chance de alta nos preços brasileiros seria algum problema com a safrinha. “Tudo o que pode ameaçar a sua produção contribui para reverter para cima a tendência dos preços”, ressaltam os analistas da TF Agroeconômica.
“Nos últimos 10 dias altas temperaturas e ameaças de geadas sobre as regiões Centro e Sul do país ameaçaram a produtividade das lavouras, deixando os compradores receosos e voltando a elevar um pouco os preços”, lembram os especialistas.
“Da mesma forma, notícias sobre possibilidade de seca no Centro-Oeste brasileiro voltaram a circular, causando apreensão entre produtores e compradores. Se estes dois fenômenos realmente ocorrerem, os preços poderão voltar a subir, mas, não muito mais do que já estiveram neste ano, ao redor de R$ 100,00/saca”, complementam.