Publicado em 20/05/2022 11h34

Lucro da John Deere sobe 17% no 2º tri fiscal

A fabricante atingiu ganho de US$ 2,1 bilhões ou US$ 6,81 por ação.
Por: Estadão Conteúdo

A fabricante de máquinas agrícolas norte-americana John Deere registrou lucro líquido de US$ 2,1 bilhões, ou US$ 6,81 por ação, no segundo trimestre do ano fiscal 2022, encerrado em 1º de maio. O resultado representa alta de 17% ante o registrado em igual período do ano anterior, de US$ 1,79 bilhão, ou US$ 5,68 por ação.

A receita no período foi de US$ 13,37 bilhões, superior em 11% ao obtido em igual intervalo do ano fiscal anterior, de US$ 12,058 bilhões. Os indicadores superaram as expectativas de analistas consultados pela FactSet, que projetavam lucro por ação de US$ 6,69 e receita de US$ 13,23 bilhões. As vendas líquidas de equipamentos da companhia somaram US$ 12,034 bilhões no segundo trimestre fiscal deste ano, alta de 9,4% na mesma base comparativa.

Na Divisão de Construção e Silvicultura, as vendas da empresa subiram 9% na comparação entre o segundo trimestre fiscal de 2021 e 2022, para US$ 3,347 bilhões. Já o segmento de Equipamentos de Agricultura e Jardinagem teve alta de 5% nas vendas, enquanto o de Agricultura de Precisão cresceu 13% em receita de vendas.

Assim como ocorreu com outras empresas do setor, os custos trabalhistas da Deere aumentaram no ano passado, mas os preços crescentes do trigo e de outras culturas elevaram a demanda por equipamentos agrícolas e, até agora, a empresa conseguiu repassar grande parte de seus custos mais altos para os clientes. Agricultores norte-americanos normalmente têm gastos elevados com equipamentos, porque podem deduzir essas compras do imposto de renda federal como investimentos comerciais.

A Deere atribuiu o desempenho no trimestre à forte demanda, apesar das pressões à cadeia de suprimentos e da inflação nos Estados Unidos. "Olhando para o futuro, acreditamos que a demanda por equipamentos agrícolas continuará se beneficiando de fundamentos positivos, apesar das preocupações de disponibilidade e das pressões inflacionárias que afetam os custos de insumos de nossos clientes", disse o CEO da companhia, John C. May, em comunicado divulgado para a imprensa.