O presidente dos Campos de Petróleo Fiscal da Bolívia (YPFB), Armin Dorgathen, anunciou um investimento de US$ 387 milhões para a construção de uma usina de biodiesel e disse que "nos próximos dias" a estatal realizará "a inauguração do início das obras”, de acordo com o meio de comunicação local El Deber.
Segundo El Deber, as obras foram adjudicadas diretamente à subsidiária da estatal YPFB Refinación, após três licitações sem sucesso. Segundo a mídia, a primeira licitação cancelada foi para a produção de Diesel Renovável – HVO, a segunda foi para a produção de diesel sintético a partir de pneus usados, plásticos e óleos lubrificantes. Por fim, o último foi para a construção de uma planta de produção de Biodiesel – FAME. Todos esses lances foram declarados nulos.
“Nos próximos dias vamos inaugurar o início das obras, que já estamos iniciando para a construção de uma Usina de Biodiesel com tecnologia FAME, com a qual vamos trabalhar em outro problema que temos como país, que é a importação de combustíveis.", disse.
Segundo dados do Ministério dos Hidrocarbonetos e Energia, o biodiesel permitirá reduzir as importações e o subsídio estatal ao gasóleo e aumentar a produção deste combustível, no quadro da política de segurança energética do Governo.
“Vamos fazer investimentos em usinas de biodiesel que nos permitirão criar empregos e reduzir a importação de combustíveis, aprofundando cada vez mais a nacionalização dos hidrocarbonetos”, disse Dorgaten
El Deber disse que o anúncio foi feito após uma série de reclamações de diferentes meios de comunicação, que informaram que o projeto é inviável porque o fornecimento de soja (matéria-prima) para a operação da usina não está garantido.