Considerado, por ora, apenas o produto in natura, em abril passado as exportações brasileiras de carne de frango registraram novo recorde para o mês. Surpreendentemente, porém, voltaram a repetir o ocorrido em março, registrando na última semana os menores embarques do período. Com isso, continuaram aquém das 400 mil toneladas, volume mínimo sugerido pelos embarques das quatro primeiras semanas de abril.
De toda forma e embora o mês fosse mais curto (com os feriados, três dias úteis a menos que março), o total exportado – 387.180 toneladas – foi mais de meio por cento superior ao do mês anterior. Além disso, representando novo recorde para abril, apresentou aumento de 6,77% sobre o mesmo mês do ano passado.
Se não foi o resultado esperado foi, pelo menos, um bom desempenho. Que veio acompanhado de expressiva melhora no preço, pois o valor médio registrado no mês – US$1.936,14/tonelada significou não só aumentos de 6,25% e 28,18% sobre, respectivamente, março/22 e abril/21, mas também a melhor remuneração obtida pelo produto nos últimos 90 meses, ou seja, desde novembro de 2014.
Como decorrência, a receita cambial – que, em março, já havia alcançado recorde histórico, ultrapassando pela primeira vez a marca dos US$700 milhões – voltou a superar o resultado do mês anterior. O valor registrado considerada apenas a receita obtida pelo produto in natura – US$749,633 milhões – apresentou aumento de quase 7% sobre o mês anterior e de expressivos 36,87% sobre abril de 2021.
Os resultados do primeiro quadrimestre de 2022 – volume próximo de 1,430 milhão de toneladas; preço médio de US$1.806,60/tonelada; e receita cambial de pouco mais US$2,587bilhões – representam aumentos de, respectivamente, 8,10%, 21,73% e 31,58% sobre idêntico quadrimestre de 2021.