A Embrapa Pecuária Sul e a Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCC) estão avaliando os touros da raça quanto a emissão de metano entérico por reprodutores da raça.
O objetivo é avaliar os reprodutores mais eficientes na conversão alimentar e quais deles têm menor taxa de emissão do gás, que é produzido durante a digestão dos ruminantes e dispersado na atmosfera por eructação. A PEA é um teste tradicional conduzido pela Embrapa. A prova trabalha com dados científicos para a seleção de animais que se alimentam de forma mais eficiente, ou seja, consumam menos para alcançar melhores índices produtivos.
Conforme a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Cristina Genro, ao se fazer a relação da PEA com a mensuração de metano emitido, acrescenta-se mais uma informação que pode ser usada na seleção e melhoramento genético, na busca por uma pecuária cada vez mais sustentável. “É mais uma contribuição da ciência, em parceria com as associações de raça, na busca por uma pecuária mais produtiva, eficiente e que atenda ao grande anseio dos consumidores por alimentos saudáveis e produzidos com sustentabilidade”, destacou a pesquisadora.
“Trata-se de uma avaliação inédita em animais charolês no Brasil e provavelmente na América Latina. Desta forma, a raça está alinhada a uma tendência mundial, que é a inclusão futura desta característica como critério de seleção de animais mais eficientes e adequados a sistemas de produção mais sustentáveis. Para isso, o primeiro passo é mensurar, que é justamente o que a Embrapa está realizando de forma pioneira na raça, mostrando a todos nós um caminho sem volta”, revela o gerente de fomento da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, zootecnista Nathã Carvalho.
Durante a PEA e a avaliação de emissão de metano, os reprodutores ficam confinados, com acesso à alimentação e água sem restrição, conforme as recomendações de bem-estar animal. Antes da PEA, os animais também passaram pela Prova de Avaliação a Campo (PAC).