Publicado em 03/05/2022 10h56

Brasil exporta quase US$ 700 milhões de dólares no 1º tri de 2022 para Indonésia com destaque para farelo de soja

Superávit de US$ 317,4 milhões no primeiro trimestre de 2022.
Por: LN Comunicação

De acordo com dados relatados pelo Comex Stat, no primeiro trimestre deste ano, os principais produtos brasileiros exportados para Indonésia foram: farelo de soja e outros alimentos para animais, responsáveis por 49% da receita gerada dos US$ 699,4 milhões, ou seja, US$ 346 milhões; trigo e centeio, não moídos, ocuparam a segunda posição, com 16% das exportações, no valor de US$ 109 milhões e em terceiro lugar ficou o algodão com 14%, resultando em US$ 94,6 milhões, entre outros. Até março de 2022, o Brasil registrou um superávit de US$ 317,4 milhões. A Indonésia é a maior economia do Sudeste Asiático e deve crescer 5,4% em 2022 e 5,6% em 2023, de acordo com dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O relatório ainda aponta que a Indonésia cresceu 3,7% em 2021.

O crescimento do país foi apoiado por preços globais favoráveis de commodities, afrouxamento das restrições do Covid-19 e aumento da mobilidade em meio aos esforços de vacinação e apoio político contínuo. A estimativa, de acordo com o Fórum Mundial Econômico, é que o Produto Interno Bruto da Indonésia alcance US$ 10,5 trilhões de dólares até 2030.

Mercado e oportunidades - Com mais de 278 millhões de habitantes, conforme World Population Review, é um dos países mais populosos do mundo e o primeiro entre os países islâmicos. Em torno de 90% de sua população se declararam muçulmana no último censo de 2010. 

Por serem muçulmanos, todo consumo realizado no país deve conter a certificação halal. “Os indonésios querem ter a certeza de que os produtos consumidos pela sua população tenham procedência, sejam rastreáveis e garantam segurança de sua qualidade. Não é qualquer país que consegue exportar para Indonésia. Mas o Brasil com certeza atende a todos os requisitos da Indonésia e tem um grande mercado para ser explorado. É uma economia gigantesca e os empresários brasileiros precisam atentar-se a estas oportunidades”, comenta o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad Mohamad Saifi. 

Ahmad ressalta que o processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, para garantir, dentre outras coisas, que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína. 

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