Publicado em 23/04/2022 13h51

Carne de frango: quadro dos 10 principais importadores no 1º trimestre de 2022

Analisado o quadro dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira no primeiro trimestre de 2022.
Por: Avisite

Analisado o quadro dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira no primeiro trimestre de 2022, a impressão inicial é a de que – a despeito do volume destinado ao grupo ter aumentado quase 14% em relação ao mesmo trimestre de 2021 – os surtos de Influenza Aviária que afetam duramente quase todo o Hemisfério Norte, assim como a guerra na Europa (iniciada no final de fevereiro) ainda não tiveram qualquer influência sobre o setor.

É verdade que, no período, o volume destinado ao México aumentou mais de 255%, desempenho que fez aquele país saltar da 23ª posição há um ano, para a 6ª posição neste ano. Mas esse incremento já vinha ocorrendo desde o ano passado. Tanto que o México encerrou 2021 como o 11º importador da carne de frango brasileira e com um aumento anual de volume superior a 500%.

Também é verdade que, ao aumentarem suas importações em mais de 80% e absorverem o equivalente a 80% do volume da China (nosso maior importador), os Emirados Árabes Unidos registraram ascensão surpreendente, subindo da 5ª para a 2ª posição. Mas, neste caso, os Emirados simplesmente trocaram de posto com a vizinha Arábia Saudita, nosso mais tradicional importador, agora na 5ª posição. Além disso, é possível que parte do aumento registrado tenha objetivado o Ramadã que, neste ano, começou no início de abril e termina no início de maio.

Outros importadores do grupo dos 10 primeiros também registraram aumentos significativos nas compras do primeiro trimestre: Filipinas, +77%; Coreia do Sul, +64% ; Países Baixos (Holanda), +43%. Mas tudo indica que, por enquanto, esses aumentos não foram determinados pela guerra ou pelos problemas sanitários decorrentes da Influenza Aviária.

E qual é a conclusão que se tira disso? A de que as exportações brasileiras de carne de frango devem registrar crescimento ainda mais expressivo no corrente e nos próximos trimestres. Pois, frente aos dois obstáculos citados, nosso País permanece em posição ímpar.

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