As cotações do açúcar fecharam a quinta-feira (14) em baixa nas bolsas internacionais. A desvalorização, segundo analistas ouvidos pela Reuters, leva em conta as "quedas esperadas no preço do etanol no Brasil (que) devem limitar as cotações do adoçante". Em Nova York, na ICE Futures, as cotações do açúcar bruto, no vencimento maio/22, fecharam em 20,06 centavos de dólar por libre-peso, recuo de 4 pontos no comparativo com os preços da véspera. Já a tela julho/22 caiu 7 pontos, com negócios em 20,03 cts/lb. Os demais contratos recuaram entre 1 e 5 pontos.
Ainda segundo a Reuters, "os preços mais baixos do etanol podem levar as usinas de cana-de-açúcar no Brasil a produzir mais açúcar e menos biocombustível".
"Os preços spot do etanol do Brasil provavelmente cairão de seus altos níveis atuais à medida que a produção do centro-sul do Brasil aumente. E esses preços do etanol atuarão como uma âncora fundamental para o mercado", disse o Commonwealth Bank of Australia em nota trazida pela Agência Internacional de Notícias.
Em Londres o açúcar branco também fechou no vermelho em todos os lotes da ICE Futures Europe. O vencimento maio/22 foi contratado a US$ 568,80 a tonelada, recuo de 7,40 dólares no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela agosto/22 desvalorizou 5,80 dólares. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 1,20 e 4,60 dólares.
O Indicador Cepea/Esalq, da USP, para o açúcar cristal fechou estável na quinta-feira com a saca de 50 quilos negociada a R$ 141,49, mesma cotação da véspera. No mês o Indicador acumula alta de 0,96%.