O melhoramento genético é um processo que tem início na escolha da genética pelo produtor. Mas, além das características procuradas para cada rebanho específico, quais são os fatores que norteiam essa tomada de decisão? A resposta está na lucratividade: o produtor prioriza touros cuja genética irá multiplicar as características mais rentáveis – e uma das bases que suportam essa escolha consiste nas tendências do mercado internacional que tem ganhado forte destaque pelo retorno econômico.
Nesse sentido, é visível que a pecuária de corte brasileira vem passando por uma mudança de perfil, em resposta às exigências de um mercado em constante transformação. Recentemente, o mercado de carne bovina vem valorizando bois jovens e com carne de melhor qualidade, o que tem implicações claras para a seleção genética para rebanhos de corte no Brasil.
Dessa forma, o confinamento está crescendo no país, se tornando cada vez mais popular entre os criadores, como um método mais eficiente para executar a terminação dos animais, resultando em animais que serão abatidos antes dos 30 meses de idade (idade máxima para atender, por exemplo, o mercado chinês). Para isso, características como ganho de peso, precocidade e eficiência alimentar são cada vez mais valorizadas.
Para facilitar a escolha dos produtores e orientá-los a obter o melhoramento genético mais adequado para o seu rebanho, a ABS oferece uma série de produtos e tecnologias que visam cumprir as metas estabelecidas pelas demandas mercadológicas. É o que explica o Gerente de Contas Estratégicas Corte para a América Latina da ABS, Luis Adriano Teixeira.
"A pecuária como um todo está cada vez mais profissional e competitiva para conseguir atender as demandas e mudanças constantes do mercado. O confinamento vem ganhando destaque, seja para a produção de um animal F1 com melhor acabamento e precoce para os nichos de mercado – que é o foco total da Super Dose ABS, junção do índice econômico ABS XBlack com a genética de corte exclusiva da ABS, a NuEra Genetics, e Fertility Plus – ou mesmo para um boi Nelore pronto para o abate antes dos 30 meses, com carcaça pesada e acabamento mínimo, para atender o mercado de exportação para a China", comenta Luis Adriano.
O gerente acrescenta que, para se obter esse animal jovem e com carcaça alinhada às expectativas do mercado, a raça Nelore chama a atenção. “Todas as opções de touros ABS com o selo IR$M, o Índice Real Matinha, são exemplos de genética que atendem 100% ao produtor que busca aprimorar a eficiência alimentar dos seus animais”, diz.
Em 2016, o confinamento respondia por apenas 12,6% da criação total de bovinos em nível nacional (foram 3,75 milhões de animais confinados, contra 29,7 milhões de bois abatidos durante aquele ano). Hoje, essa estratégia já representa quase um em cada quatro abates realizados no Brasil, o que revela a maior procura por animais adequados para este sistema – em 2021, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) contabilizou 27,54 milhões de cabeças de gado em todo o país. Já o Censo de Confinamento DSM revelou que 6,5 milhões de animais foram terminados em confinamento.
Para Luis Adriano, outro aspecto que vem chamando a atenção de especialistas é a evolução do perfil do próprio produtor – o criador de gado moderno está cada vez mais atento às mudanças do mercado e sabe responder adequadamente a essas transformações.
"Os criadores estão buscando maximizar os resultados financeiros de cada bezerro do seu rebanho com melhores ganhos genéticos. É aí que entram outras soluções da ABS, como o Pacote Tecnológico Corte, que inclui a utilização, por exemplo, do Sexcel Nelore – genética sexada exclusiva da ABS que permite multiplicar as melhores fêmeas do rebanho para fazer a sua base de novilhas de reposição, além do uso da Super Dose ou genética Nelore para contribuir com o peso das demais fêmeas do plantel", explica.