Embora sem a velocidade e os valores registrados um mês atrás, até a semana passada (2ª de abril, 14ª de 2022) os preços do frango abatido permaneceram em evolução. Em março, entre os dias 1 e 9, os ganhos ficaram próximos de 13%. Agora, em idêntico espaço de tempo, registraram variação de apenas 3,8%. Mesmo assim, tudo indica que esse incremento foi conseguido à custa do frango vivo. Ou seja: para manter seu mercado, os abatedouros acorreram minimamente ao mercado independente. E quando o fizeram, muitos dos negócios efetivados submeteram-se a descontos sobre a cotação de referência que, tecnicamente, permanece inalterada há cerca de três semanas mas, na prática, já registra índices inferiores.
O setor inicia esta terceira semana de abril com uma incógnita à frente. Estamos na Semana Santa e, à primeira vista, a demanda deve se concentrar no peixe, em detrimento do frango e das demais carnes.
Mas, ao final da semana (que também tem um dia a menos de abate) acontecem as comemorações da Páscoa e o reencontro das famílias – em alguns casos, pela primeira vez nos últimos três anos, já que nas duas Páscoas anteriores prevaleceu o isolamento social devido à Covid-19.
Enfim, este tende a ser um daqueles feriadões que há tempos não se via. E isso deve se refletir no mercado, tanto nesta quanto na próxima semana, quando haverá reposição de estoques.
