Nos últimos tempos estamos vendo um movimento que não é muito comum, já que mesmo com a inflação em alta, a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), também continua subindo. E, quando ela sobe, teoricamente os juros cobrados nos financiamentos e o valor dos empréstimos ficam mais altos, e isso desestimula o consumo, o que favorece a queda da inflação.
“O BCB faz essa manobra com o intuito de frear a alta da inflação, mas isso não está ocorrendo na prática devido alguns fatores, entre eles: alta do preço das commodities, como os combustíveis derivados de petróleo, desvalorização cambial e, mais recentemente, a crise dos fertilizantes em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia”, acrescenta John Alex Kalef, administrador e diretor executivo da AgroPermuta, fintech agrícola que oferece soluções inovadoras de financiamento como uma alternativa aos bancos.
Nesse contexto, o mercado para quem faz investimento, seja ele qual for, está mais consciente de que os juros não vão vir mais baratos, obviamente há algumas instituições que estão sendo mais agressivas para ganhar carteira. “Exemplo muito prático é a Caixa, que está usando um artifício que ela tem de usar os seus recursos de poupança, para poder emprestar isso muito mais barato. É o risco que estão assumindo”, ressalta o administrador.
“Hoje, para adquirir um bem, o produtor pega dinheiro mais caro, nossa proposta é mudar isso. Além de oferecer a menor taxa de juros do mercado, muito mais atrativa que a Selic por exemplo, queremos propor um planejamento na compra, ou seja, a construção de uma reserva financeira para adquirir esse bem”, diz Kalef.