Para o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a guerra no continente europeu não ocasionará grandes mudanças no mercado de carne de frango da União Europeia. “Mas o comércio em toda a região será prejudicado pelo conflito russo-ucraniano”, ressalta o órgão. Analisando o desempenho da UE em 2021, o USDA observa que a conjunção das interrupções na produção e distribuição em decorrência da Covid-19 com o surgimento de surtos de Influenza Aviária de alta patogenicidade ocasionou declínio de 1,8% na produção de carne de frango do bloco.
Mas agora, com o afrouxamento das restrições em torno da Covid-19 – e apesar dos inúmeros casos de Influenza Aviária ainda em andamento – a produção da UE deve aumentar cerca de 0,2% em relação a 2021. Mesmo assim, o volume produzido permanecerá inferior (em mais de 1,5%) ao registrado em 2020.
Impactadas pelas restrições que paralisaram hotéis, restaurantes e o próprio foodservice, caíram em 2021 tanto as importações (queda de 5,1%) quanto as exportações (redução de 11,6%).
No tocante às importações, tal quadro não deve se alterar em 2022, mantendo-se para o exercício a previsão das mesmas 630 mil toneladas de 2021. Já as exportações tendem a recuar novamente. O volume apontado pelo USDA – 1,760 milhão de toneladas – significa diminuição de 2,2% sobre o ano passado e de 13,6% sobre 2020. Efeito – como cita o USDA – do recrudescimento dos casos de Influenza Aviária na maioria dos 27 países que compõem o bloco, o que causa o embargo parcial ou total dos países importadores.
Considerados esses indicadores, a disponibilidade interna de carne de frango – que em 2021 aumentou pouco mais de 1% – tende, no corrente exercício, a sofrer redução próxima de meio por cento. Mesmo assim, será ligeiramente superior à registrada em 2020.