Na Bolsa de Chicago, a soja registrou nova queda, com os Fundos desarmando posições e petróleo aprofundando perdas, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “O contrato de soja para maio22, mês de referência para a comercialização da soja brasileira, em grão fechou em queda de 2,32% ou 37,50 cents/bushel a $ 1580,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,20%, ou $ 2,75 cents/bushel a $ 1386,0. O contrato de farelo de soja fechou em queda de 4,06% ou 19,0/ton curta a $ 448,5, mas o contrato de óleo de soja fechou em alta de 1,80% ou1,26/libra-peso a $ 71,20”, comenta.
“Os Fundos teriam desarmado as posições, dadas as mudanças nas expectativas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou intenções de plantio maiores do que o esperado pelo mercado e um panorama de oferta mais confortável começa a surgir. O petróleo aprofundou as quedas e acrescentou um sentimento de baixa”, completa a consultoria.
Dados da CFTC no fechamento desta terça-feira mostraram que os Fundos tinham 156.273 contratos comprados líquidos em soja. “Essa foi uma redução de 17.919 contratos sobre a posição de uma semana antes. Já os Traders comerciais de soja reduziram suas vendas líquidas em 21 mil contratos à medida que os hedges de venda foram levantados e os de compra foram adicionados. Em farelo de soja, o relatório semanal do CoT mostrou que 1.216 contratos reduziram a posição líquida comprada dos fundos. Isso deixou o grupo com 99.948 contratos longos líquidos. Traders de especificação de óleo de soja estavam com 5.477 contratos menos comprados líquidos para 78.601 em 29/03”, indica.
“O NASS informou que 174,4 mbu (4,75 MT) de soja foram processados em fevereiro. Isso estava dentro do intervalo esperado das estimativas de pré-relatório, mas abaixo da estimativa média de 175,2 (4,77 MT). O crush de 21 de fevereiro foi de 164,33 mbu. Na safra, até fevereiro, foram moídos 1.118 bbu (30,43 MT) de soja. Isso é 50,5% da previsão de março do USDA e um ritmo recorde”, conclui.