Um encontro promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) debateu a Política Nacional de Fertilizantes – 2050, um breve contexto histórico e atual do setor, além de possíveis fontes alternativas do insumo e técnicas para a melhor eficiência na utilização dos recursos existentes.
O encontro virtual reuniu pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Dentre as propostas que surgiram durante as discussões, está a construção de um plano de ação voltado à recuperação, à construção e à manutenção da fertilidade do solo no estado.
Minas Gerais possui, enquanto potencialidade, os chamados agrominerais e remineralizadores de solos – uma cadeia emergente de insumos, que pode substituir, em alguma medida, os fertilizantes convencionais, dos quais o país tem dependência externa. Contudo, para que o estado avance neste sentido, são necessárias pesquisas e uma base científica melhor estruturada.
Segundo o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Feliciano Nogueira de Oliveira, devem ser estabelecidas várias estratégias para o trabalho, desde a aplicação correta de boas práticas agrícolas nas propriedades rurais, até a pesquisa quanto às fontes alternativas e sua recomendação de uso, além do estabelecimento de uma política estadual de conservação do solo”.
Historicamente, o Brasil depende da importação de fertilizantes – recursos, por sua vez, fundamentais à produção agrícola. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, dois grandes fornecedores mundiais do insumo, e os consequentes embargos econômicos do conflito, produtores rurais brasileiros passaram a conviver com uma conjuntura de incertezas.