Publicado em 31/03/2022 21h19

Simulação computacional está alavancando a agricultura de precisão

Setor é cada vez mais impulsionado pelo avanço tecnológico, especialmente na produção, eficiência e sustentabilidade.
Por: Sandro Paim

A tecnologia tem sido o alicerce para otimizar as fazendas automatizadas, autônomas e conectadas. O conjunto de soluções que aumentam a eficácia e a sustentabilidade das produções agrícolas formam o conceito de agricultura de precisão. A ESSS, multinacional brasileira focada em simulação computacional, é um exemplo de desenvolvimento de soluções para o setor dentro e fora do Brasil. A simulação tem ajudado equipamentos autônomos na capacidade de seguir rotas predefinidas para plantio e colheita, tudo isso com possibilidade de trabalho ininterrupto. 

A agricultura de precisão está colaborando no processo de análise de dados, auxiliando no entendimento das condições ideais para o cultivo nas principais culturas agrícolas, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Alguns exemplos são as plantações de milho, soja, café, cana, feijão e pastagens. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que a produção de alimentos deve crescer em torno de 70% para atender a demanda de uma população de 9,8 bilhões no ano de 2050.

Drones sobrevoam os campos e avaliam a saúde das culturas e as condições do solo. Sensores de solo monitoram a quantidade de água e nutrientes no solo, ativando a irrigação e aplicações de fertilizantes. O segmento de robótica agrícola cresce de forma rápida, enquanto plataformas virtuais coletam dados das plantações. Dados armazenados e processados em nuvem cruzam informações de produtividade, consumo de insumos, histórico de temperatura e níveis de chuva para efetuar recomendações ao agricultor em tempo real. Todo esse contexto de equipamentos interconectados e coexistentes necessita de um bom funcionamento individual. Cada peça desse sistema complexo deve apresentar capacidade de execução plena e precisa. 

"Estamos em uma era em que as ferramentas tecnológicas deixam de ser meramente um instrumento de bem-estar e passam a representar um fundamento para o crescimento populacional projetado nas próximas décadas. A compra de uma hortaliça plantada no subterrâneo, semeada, regada e colhida por robôs, com absorção de clorofila através de LEDs ativados em frequências exclusivas para fotossíntese não será surpreendente no futuro próximo. Nesse aspecto, a tecnologia é obrigatória no projeto e desenvolvimento de componentes. Com o auxílio de ferramentas de simulação computacional, é possível calcular estruturas para atender a demanda de trabalho ininterrupta, projetar o escoamento de partículas para uma semeadura precisa, reconhecer o perfil aerodinâmico para uma perfeita estabilização de drones e avaliar a recepção do sinal GPS em sistemas de controle", explica o Especialista de Aplicações CAE na ESSS, Rafael Vetturazzi. 

Esta demanda acerca do agronegócio exige o avanço na pesquisa de novas sementes, fertilizantes e equipamentos. Assim, quanto maior o número de dados coletados, maior a assertividade nas tomadas de decisão que ocorrem no sistema produtivo. O resultado impacta diretamente o produtor, que tem a possibilidade de melhorar a gestão de sua propriedade, além de aumentar a sustentabilidade da lavoura. 

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