Estudo mais recente (março corrente) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sugere que depois de importarem 445 mil toneladas de carne de frango em 2021 – quase um terço a mais que em 2020 – neste ano as Filipinas tendem a reduzir suas compras externas. A previsão do USDA é a de que o volume destinado ao mercado filipino fique entre 400 e 425 mil toneladas.
Não parece, mas em 2021 as Filipinas tornaram-se um mercado-chave para as exportações brasileiras de carne de frango. Assim, enquanto as importações globais daquele país aumentaram pouco mais de 30%, as provenientes do Brasil registraram aumento de 180%, desempenho que fez as Filipinas saltarem da 17ª posição em 2020 para a quinta posição em 2021 entre os principais importadores da carne de frango brasileira, ficando atrás, apenas, de China, Japão, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e África do Sul.
Esse avanço representa importante vitória para os exportadores brasileiros, pois com ele o País tornou-se o principal fornecedor das Filipinas, deixando para trás União Europeia e EUA.
De acordo com o USDA, de 2020 para 2021 (dados relativos ao período janeiro/novembro), a participação da União Europeia nas importações filipinas recuou quase 68%, caindo de 43,8% do total para 14,1%. A participação dos EUA aumentou perto de 62%, passando de 22,1% para 35,7% do total. Mas a maior expansão coube ao Brasil, cuja participação, de 18,96% em 2020, dobrou em 2021, chegando aos 37,8% do total.
É verdade que, no exercício passado, China e outros mercados registraram aumento de volume em índices bastante superiores aos do Brasil. Mas, no período analisado, suas exportações corresponderam a menos de 6% das exportações brasileiras.
