Diante da emergência energética causada pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que tem consequências globais e as complicações -financeiras e devido à demanda muito alta- que nosso país tem para importar diesel, as câmaras das empresas produtoras de biocombustíveis na Argentina propõem uma solução ao Governo: aumentar o corte dos combustíveis que são comercializados no país para substituir o gasóleo importado pelo biodiesel nacional.
De acordo com as câmaras, nos últimos anos, devido a diferentes circunstâncias, as unidades de produção têm funcionado abaixo das suas capacidades industriais e, perante esta situação, oferecem uma solução que apresenta várias vantagens, já que substitui o óleo diesel importado por biodiesel produzido nacionalmente, evita a saída de moeda estrangeira para pagar as importações, gera uma reativação em um setor industrial nacional, promove a contratação de pessoal direto e beneficia indiretamente diversos setores envolvidos na atividade e atende aos compromissos ambientais firmados por nosso país pela menor emissão de carbono produzida pelo biodiesel em relação ao diesel.
No ano passado, o Legislativo sancionou uma proposta oficial de criação de um novo marco regulatório para os biocombustíveis que reduziu à metade o corte mínimo do biodiesel em relação ao mandato estabelecido pela Lei 26.093 e outras regulamentações complementares, deixando um alto capacidade ociosa do setor. Nesse mesmo ano, a produção nacional de biocombustível derivado da soja registrou sua menor produção desde 2010, quando entrou em vigor o regulamento para cortar combustíveis fósseis com biocombustíveis.