Publicado em 24/03/2022 11h31

Bioinseticidas tem potencial para novo salto na safra 22-23

Tecnologias ‘Bt’ (Bacillus thuringensis) não é mais um conceito prevalente.
Por: Leonardo Gottems

A confiança do produtor na eficácia dos biodefensivos e a eventual redução na oferta de determinados agroquímicos abrirão mais espaço para biológicos, projeta o diretor de marketing da AgBiTech, Pedro Marcellino. A empresa já executa estratégias de negócios com objetivo de ampliar a distribuição de bioinseticidas no ciclo 2022-23.

Puxada pelo desempenho de seus biolagarticidas para soja, milho e algodão, a AgBiTech Brasil acredita que “manterá posição de líder na comercialização” desses produtos na safra 2021-22, que ruma para o final. Segundo a AgBiTech, a próxima safra deverá ser marcada por “novas oportunidades para expansão do manejo biológico na agricultura brasileira, em todos os segmentos de mercado”.

Além de aumentar a participação dos baculovírus nas principais culturas de grãos, a AgBiTech também investirá para estender a atuação aos mercados de frutas e hortaliças ao longo de 2022, revela Marcellino.

“Há cerca de cinco anos, o manejo de lagartas nos principais cultivos se baseava quase totalmente nas chamadas tecnologias ‘Bt’ (Bacillus thuringensis). Esse conceito não é mais prevalente, pois vários estudos indicam que, atualmente, 70% das estratégias de controle de lagartas estão atreladas à utilização de baculovírus ou bioinseticidas”, acrescenta Murilo Moreira, diretor de negócios da AgBiTech.

Os executivos acreditam ainda que incertezas quanto aos preços de insumos em geral, além de análises de consultorias sobre tendência de queda na oferta de determinados agroquímicos na próxima safra, sinalizam, potencialmente, para um novo avanço do mercado de biológicos no País.

“Também reforça essa expectativa o aumento da confiança do produtor na eficácia dos biológicos, particularmente nos baculovírus para controle de lagartas”, complementa Murilo Moreira. “O agricultor tem sido estimulado fortemente a consolidar sua adesão aos bioinsumos, sobretudo frente à difusão de estudos favoráveis a essas tecnologias, publicados por especialistas e consultorias técnicas de renome no mercado”, avalia Pedro Marcellino.

Uma companhia de origem australo-americana, a AgBiTech Brasil divulgou nos últimos dias que deverá chegar, na safra em andamento, ao resultado acumulado de seis milhões de hectares tratados com baculovírus da marca.

As regiões nas quais a AgBiTech registrará os maiores indicadores de crescimento, diz Murilo Moreira, são as de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no ‘Mapito’ (Maranhão, Piauí e Tocantins). Ainda segundo ele, a soja responde por aproximadamente 40% dos negócios da companhia, seguida do algodão e do milho, cada uma com 30% de participação.