O Chile possui um setor de suínos bem estruturado, ocupando o sexto lugar entre os principais exportadores e décimo sexto em termos de produção mundial. Tal sucesso foi alcançado graças ao equilíbrio entre os mercados nacional e internacional, segundo o pigprogress.net.
Em 2021, o Chile produziu um total de 589.581 toneladas (2,7% a mais que em 2020) de carne suína e exportou 274,7 toneladas (5,1% a menos que em 2020). Em termos de importações, o Chile importou 145,8 toneladas de carne suína em 2021, 38,5% a mais que em 2020 (105.297 toneladas) e o maior valor desde 2011. Os principais fornecedores foram EUA, Brasil, UE e Canadá.
A exportação de carne em peso vivo foi principalmente para países asiáticos. Segundo a Associação de Produtores de Suínos do Chile (Asprocer), a China representa 67%, o Japão – 14%, a Coréia – 13%. No entanto, esse cenário pode mudar. O Chile mantém estreitas relações comerciais com 64 países e busca expandir sua presença nos mercados asiáticos, incluindo Vietnã, Tailândia e Indonésia.
Para tanto, os setores público e privado se esforçam para manter o bem-estar em termos de doenças animais. Este objetivo é alcançado, entre outras coisas, devido à sua posição geográfica favorável: o país é amplamente isolado pela Cordilheira dos Andes. Além disso, o setor agrícola está comprometido em reduzir o uso de antibióticos e melhorar o bem-estar animal.
A produção de suínos no Chile está se desenvolvendo devido à crescente demanda interna. O consumo per capita de carne suína aumentou 35,5% em 2021, de 13,8 kg para 18,7 kg. Segundo especialistas, o maior PIB da América Latina (12% em 2021) poderia explicar esse crescimento.
Segundo a Aprocer, o setor suíno chileno adotou um modelo de integração predominantemente vertical, desde a produção de ração até o abate e a comercialização da carne. Existem cerca de 9.000 fazendas de suínos, a maioria delas na parte central do país.