O milho paraguaio tem preços estáveis e demanda agressiva, mas a logística joga contra, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O mercado de FAS melhorou um pouco suas indicações para a safra a ser colhida no meio do ano, mas sem atingir estimular os negócios. No oeste do Paraná, preços bastante agressivos são observados por parte dos industriais, mas a logística é motivo de preocupação no momento”, comenta.
“Com o processo lento que já foi observado na fronteira, somado à greve da semana passada, estima-se que os embarques em geral terão que ser atrasados em pelo menos 30 dias e teme-se como chegará durante a safra, uma vez que o volume de embarques de milho será muito superior ao de soja neste momento e os movimentos já estão muito bloqueados. Para o pouco cereal disponível no mercado, estão sendo relatados negócios específicos, com compradores locais aproveitando para fazer estoques neste momento. O plantio de milho no Paraguai continua avançando e entre 970 mil e 1 milhão de hectares serão ocupados com cereais na próxima semana. Como há chuvas previstas para o final da semana de 18 a 20 de março é possível que haja uma produção dentro dos padrões normais”, completa.
Em relação ao milho argentino, os preços FOB recuam 4-5 dólares/t nesta sexta-feira. “As cotações do milho argentino para exportação recuaram mesmo com a alta em Chicago porque os prêmios de exportação recuaram forte no mercado físico do UpRiver, nesta sexta-feira", indica.
“Para safra nova, Abril recuaram US$ 5/t para US$ 329, que corresponderia a aproximadamente US$ 380 CIF portos brasileiros do sul ou R$ 114,20 nos portos, mais frete até o interior; Maio também recuou US$ 4/t para US$ 329/t; Junho recuou US$ 4/t para US$ 314 e Julho também subiu US$ 4/t para US$ 314/t. Já os embarques Panamax recuaram US$ 5/t para US$353 para abril e US$ 3/t para maio para US$ 323; junho e julho não apresentam cotações, segundo relatórios que recebemos de corretores de Buenos Aires”, conclui.