Em 2021 foram abatidas 27,54 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária federal, estadual ou municipal), representando uma redução de 7,8% em relação ao ano anterior. O resultado representa o segundo ano consecutivo de queda, dando sequência ao cenário de retenção de animais observado desde o início de 2020. O único mês a apresentar variação positiva no comparativo 2021/2020 foi dezembro (+39,89 mil cabeças), enquanto a queda mais intensa foi verificada em setembro (-650,79 mil cabeças), mês do início do embargo às exportações brasileiras por conta dos casos de encefalopatia espongiforme bovina. Os dados foram divulgados pelo IBGE.
A valorização recorde dos preços médios dos bezerros e da arroba bovina estimularam a retenção de fêmeas para atividades reprodutivas. O total de fêmeas abatidas ao longo de 2021 (9,31 milhões de cabeças) foi o menor constatado desde 2004.
O abate de 2,34 milhões de cabeças de bovinos a menos no comparativo anual foi causado por retrações em 23 das 27 UFs. Os decréscimos mais expressivos ocorreram em Mato Grosso (-633,91 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-433,89 mil), Rio Grande do Sul (-299,46 mil), Paraná (-238,96 mil), São Paulo (-228,78 mil) e Minas Gerais (-74,08 mil). Em contrapartida, as variações positivas mais relevantes ocorreram em Goiás (+176,46 mil), Tocantins (+55,13 mil) e Pará (+40,90 mil).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2021, com 16,2% da participação nacional, seguido por Goiás (10,8%) e Mato Grosso do Sul (10,7%).
No 4º trimestre de 2021, foram abatidas 6,90 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 6,4% inferior à obtida no 4° trimestre de 2020 e 0,9% abaixo da registrada no trimestre imediatamente anterior. O resultado não atingia níveis tão baixos para um 4° trimestre desde 2008.